Localização: França
Para falar desta devoção mariana, precisamos, primeiro, falar de um santo.
Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias sua mãe o levava à igreja para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.
Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.
Muito doente, ele faleceu em sua cidade natal no dia 1º de agosto de 1868, com apenas cinquenta e sete anos. Beatificado pelo Papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de São Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.
Em sua profundíssima penetração do Mistério Eucarístico, São Pedro Julião Eymard instuiu também as íntimas relações entre este Santíssimo Sacramento e a Virgem Maria, no século XIX, para imprimir, numa palavra característica, todos os laços que unem Maria a seu Filho Sacramentado. Em nossas Santas Constituições, texto maravilhoso que São Pedro Julião Eymard disse ter haurido no fundo do Sacrário, lemos nos números 37 e 38:
“Inspirar-se-ão na vida de Maria no Cenáculo, onde Jesus instituíra a Eucaristia, inteiramente recolhida na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento, devotadíssima aos cuidados do Seu Culto, toda abrasada no desejo de Sua glória e de Seu amor na terra.” (Constituições nº 37)
“A fim de serem mais agradáveis a Nosso Senhor em Seu serviço quotidiano, unir-se-ão à SSma. Virgem, como filhas à Sua Mãe; ornadas com seus méritos e virtudes, farão com Maria suas adorações, e, sobretudo, a preparação para a Sta. Comunhão e a Ação de Graças.” (Constituições nº 38)
Conforme disse o Papa Paulo VI: “NOME NOVO, mas de uma realidade muito antiga, aquele do qual se serviu São Pedro Julião Eymard, o infatigável Apóstolo da Divina Eucaristia,[…] quando ele falava aos seus filhos de ‘Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento’.
Para encontrar esta fórmula admirável, que testemunha a perspicácia de seu espírito, ele deve ter vivido em estreita amizade com Deus e ter perscrutado a fundo todas as razões, manifestas e ocultas, que ligam a Virgem Maria ao Sacramento do Amor; e foi assim que ele acrescentou, como uma pérola preciosa, um novo título de glória à coroa mariana.
Pode-se acreditar que o Padre Eymard terá raciocinado assim: a Eucaristia não é chamada pela Igreja o ‘verdadeiro Corpo nascido da Virgem Maria’? – Durante sua vida terrestre, a Virgem não foi o Tabernáculo vivo do Cristo Jesus, que Ela gerou, que Ela adorou, que Ela deu e manifestou aos homens? – Por conseguinte, não deve esta Virgem ser considerada e invocada como o Modelo do Culto perfeito, por todos os adoradores e sobretudo pelos Sacerdotes estabelecidos Ministros de um tão grande Sacramento?”
Conforme aconselhou o Papa João Paulo II em sua Encíclica Ecclesia de Eucharistia, coloquemo-nos todos “na escola de Maria, mulher eucarística". Com São Pedro Julião Eymard, invoquemos com filial devoção: “Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, Mãe e Modelo dos adoradores, rogai por nós ”.
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