A Declaração das Religiões Mundiais sobre Cuidados Paliativos para os Idosos, assinada por representantes das mais importantes religiões mundiais no dia 31 de marco de 2017, cujo conteúdo estamos apresentando e concluímos nesta reflexão, com duas perspectivas importantes a serem trabalhadas, a dos direitos humanos e também das necessidades espirituais e religiosas.
Quanto aos Direitos humanos a Declaração afirma que: Os cuidados paliativos para idosos é um direito humano e está implicado nos direitos à saúde, não-discriminação, liberdade de crença religiosa e liberdade de tratamento cruel, desumano e degradante, como consagrado na lei de direitos humanos.
Os Governos devem garantir a acessibilidade aos cuidados paliativos frente a intervenções frente a doenças ameaçadoras e limitantes de vida. Os governos devem incluir medicamentos essenciais para cuidados paliativos, incluindo medicamentos controlados, como a morfina oral, em suas listas de medicamentos nacionais e eliminar as barreiras desnecessariamente restritivas.
As pessoas idosas têm o direito inalienável ao consentimento livre e consentimento em todos os momentos. Elas têm o direito de consentir livremente, recusar ou suspender o tratamento médico ou cirúrgico e dispor de informações claras e oportunas sobre as potenciais consequências e riscos de tal decisão. Quando uma pessoa tem comprometida a capacidade para uma decisão em particular, aqueles que atuam em seu nome devem respeitar os direitos humanos da pessoa e considerar suas preferências expressas anteriormente.
A Educação em cuidados paliativos deve incluir os direitos humanos e o conhecimento, habilidades, atitudes e comportamentos para proporcionar cuidados paliativos para pessoas idosas e suas famílias.
As Pessoas idosas têm o direito à justiça, que inclui a eliminação da discriminação feita em base a idade (ageism), tem direito a políticas públicas que, facilitem o direito de uma pessoa receber assistência adequada e oportuna para viver bem, no seu lugar preferido e suporte para gerenciar seus negócios. O governo e líderes comunitários devem fornecer recursos e redes de apoio para todos os aspectos dos cuidados paliativos.
No que tange a valorização da dimensão espiritual do ser humano, quanto as perspectivas espirituais e religiosas, afirma-se que: “A dignidade das pessoas idosas, que não perdem seu significado e valor pelo fator idade, é o núcleo fundamental de todos credos religiosos. Idosos merecem respeito, podemos ser uma presença compassiva, mostrando empatia e pelo acompanhamento de pessoas idosas no meio do seu sofrimento e celebrando suas vidas. Os credos religiosos podem inspirar os cuidados paliativos para criar espaços de conectividade Inter geracionais, para que pessoas idosas possam deixar seu legado e sabedoria de vida até o final de suas vidas. Os credos religiosos podem ajudar a transformar o envelhecer e morrer como um viver com significado ao longo da vida, mesmo no meio de doença crônica e grave. Os credos religiosos apoiam os princípios dos cuidados paliativos, no alívio da dor e do sofrimento, ao se aproximar do final natural da vida".
As comunidades de fé podem advogar pelos cuidados paliativos com pessoas idosas dentro de suas comunidades, governo e mídia. Elas podem integrar a dimensão espiritual no interior do paciente com os recursos familiares. Os líderes religiosos podem abordar os cuidados paliativos em seus ensinamentos e aconselhamento, promovendo maior conscientização a respeito da preciosidade da vida humana e experiência, bem como da vulnerabilidade compartilhada da existência humana.
Os Líderes religiosos podem incentivar o diálogo e colaboração entre ciência e religião, para desenvolver modelos de cuidado baseados em evidencia para intervenções de cuidado espiritual e os resultados, para garantir que todas as pessoas mais velhas tenham suas crenças, valores e preferências atendidas e respeitadas.
Credos religiosos podem contribuir para em apoiar e formar líderes religiosos, profissionais de cuidados espirituais e outros membros da equipe de saúde, e das comunidades em geral. E necessária educação, especializada em escuta compassiva, que reconheça os valores espirituais e crenças, apoie a vida espiritual dos profissionais e cuidadores familiares, e facilite o desenvolvimento das forças e vida interiores destas”.
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