Horizonte de atuação vai muito além de fazer contas e dar aulas
Você já pensou ou ainda pensa em cursar matemática, mas tem medo de acabar sem muitas perspectivas no mercado de trabalho? Então certamente você está entre as muitas pessoas que sustentam uma visão errônea sobre a ciência, construída com a ajuda de mitos que se tornaram muito populares. Atualmente, a chance de um matemático ou estatístico ficar desempregado é quase zero e as áreas de atuação são altamente diversificadas. O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP de São Carlos desmistificou os quatro maiores mitos que rondam a profissão. Confira abaixo:
Nem todo matemático é professor
Apesar de ser o caminho escolhido por grande parte dos estudantes que optam pelo curso, ele está longe de ser o único. Segundo Leandro Aurichi, coordenador do Bacharelado em Matemática do ICMC, os profissionais são muito disputados por bancos e agências de consultoria financeira – as universidades sequer dão conta de formar toda a demanda.
Os ramos de gestão, logística e marketing também podem procurar matemáticos, e até o setor de extração de petróleo precisa deles, pois para as reservas serem identificadas, são necessários modelos para interpretar os sinais enviados ao subsolo. O trabalho na indústria também é uma possibilidade. Mas se a pessoa tiver mesmo a vocação para a docência, sempre pode optar por dar aulas e se consolidar na pesquisa, seguindo na carreira acadêmica.
Matemático não morre de fome
Este mito é uma consequência direta do anterior, e também da premissa de que todo professor é mal remunerado. Na carreira acadêmica o profissional certamente encontrará um bom salário, porém, assim como em outras áreas, quem paga mais é o mercado. Os alunos graduados no ICMC ingressam com salários iniciais que variam de R$ 3,5 mil a R$ 4 mil, com perspectivas de crescimento nas empresas.
Nem tudo são números
Obviamente o cálculo é uma parte fundamental da matemática, mas se engana quem pensa que a vida na profissão se resume a números exóticos e equações assustadoras: de acordo com Aurichi, entre os profissionais das ciências exatas, o matemático é o que menos sabe calcular. Ele destaca que a essência do conhecimento transmitido no curso universitário é substancialmente diferente da metodologia do ensino fundamental e médio – o foco migra das contas para o esforço de entendimento de como as coisas funcionam e de como se relacionam entre si. “É uma busca por uma compreensão mais qualitativa que quantitativa”, diz.
A matemática não é isolada
Com a tendência crescente da interdisciplinaridade entre diferentes saberes, a matemática vai criando pontes com as mais diversas áreas de conhecimento. Extrapola-se até mesmo o universo das ciências exatas e da natureza, chegando ao domínio das ciências humanas. A sociologia, por exemplo, se vale muito do conhecimento estatístico, assim como institutos como o IBGE e órgãos de pesquisa eleitoral. “Toda a ciência que tem algo a ver com a natureza e com o mundo real precisa da estatística”, diz Aurichi. Se for da preferência do aluno, o ICMC e também outras universidades oferecem graduação diretamente em estatística.
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