Os coordenadores estaduais do Grito dos Excluídos já estão preparando as ações para o 21º ano do movimento. O Grito dos Excluídos, que acontece todo ano no dia 07 de setembro, traz em 2015 o lema “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”
Mais uma vez com o tema “A vida em primeiro lugar”, o Grito dos Excluídos provocará um olhar profético que supere as conjecturas e interesses de parte, o militarismo, e pretende olhar de verdade para o brasileiro e as suas reais necessidades.
Foto de: Matheus Andrade
Grito dos Excluídos realizado em 2014 em Aparecida (SP)
Representantes de dez estados brasileiros estiveram, em abril, reunidos em São Paulo (SP) para um momento de construção coletiva do Grito refletindo a conjuntura nacional e a própria Campanha da Fraternidade que convida a todos na Igreja a olhar para a sociedade, seus desafios e se coloquem em atitude profética de serviço.
O vice-coordenador nacional da Pastoral Carcerária o Padre Gianfranco Graziola, que participou dessa reunião em São Paulo, explica o lema do 21º Grito dos Excluídos .
“Começamos perguntando-nos: ‘Que País é este?’ E as respostas vêm do dia a dia, das periferias, onde sobrevivem as famílias pobres, das juventudes que sofrem as retaliações e as exclusões de uma sociedade elitista e seletiva, dos negros e periféricos vítimas das drogas e do sistema, encarcerados e esquecidos nos porões e pocilgas humanas do perverso sistema carcerário, dos operários de quem, aos poucos e sutilmente, são retirados os direitos, dos idosos mendigando o direito a viver com dignidade os últimos dias de sua vida”, afirma o Padre.
"O Grito chega ao seu 21º ano de realização e não pode se calar; mesmo não sendo o evento das grandes massas é, porém, a fala de quem não se deixou engolir pelo desespero do mundo..."
Sobre a questão da mídia, padre Gianfranco argumenta como o Grito dos Excluídos pode chamar a atenção para o poder dos meios de comunicação na manipulação da sociedade.
“O Grito chega ao seu 21º ano de realização e não pode se calar; mesmo não sendo o evento das grandes massas é, porém, a fala de quem não se deixou engolir pelo desespero do mundo, pelos ventos de morte e destruição que usando as asas da mídia nos querem roubar a esperança, querem tirar de nós o profetismo que a cada ano que passa se torna mais forte e necessário e que este ano mais uma vez gritará: Vida em primeiro lugar para depois colocar a questão: Que País é este que mata a gente, a mídia mente e nos consome?”.
O vice-coordenador nacional da Pastoral Carcerária deixa um convite a todos para o 21º Grito dos Excluídos.
“A resposta todos nós a sabemos, agora é necessário unir os generosos e as generosas, defender os direitos básicos, desmentir a mídia chamando o Estado para as suas responsabilidades com a politica das reformas e fazendo da rua o palco, o caminho de uma nova nação, de um novo país, de um novo Brasil”.
O encontro que definiu o lema do Grito dos Excluídos de 2015 contou com a presença de representantes de entidades, movimentos, organizações e pastorais, dentre elas, a Pastoral da Juventude, representada pela Secretária Nacional, Aline Ogliari.
“Eu acho que o lema traz um tom de denúncia de uma estrutura de país que está matando seu povo. Nos perguntamos quais são essas estruturas. O termo “país” não se refere somente ao Estado, mas também à toda sociedade, o que também dialoga com as discussões da Campanha da Fraternidade deste ano”, relatou Aline.
O Grito dos Excluídos no Santuário Nacional
O Santuário Nacional de Aparecida acolhe todos os anos o movimento do Grito dos Excluídos. A manifestação acontece junto com a Romaria dos Trabalhadores.
O movimento e a romaria marcam anualmente a data em que se comemora a Independência do Brasil destacando a importância das lutas populares para uma sociedade mais justa e democrática.
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