O primeiro passo para a beatificação da médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann, aconteceu no último sábado, 10, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Cerca de 40 mil pessoas de todos os estados brasileiros estiveram presentes na celebração que marcou a entrega oficial da moção que solicita a abertura do processo de beatificação de Zilda Arns.
[Confira a homenagem do A12 para dra. Zilda Arns]
Foto de: CNBB
Nesta segunda-feira (12) completam-se 5
anos da morte de dra. Zilda Arns no Haiti.
A moção é um documento que reúne assinaturas, com o objetivo de demonstrar o apoio da população a uma causa ou proposta. Neste caso, os fiéis apoiam o reconhecimento à fama de santidade e ao legado evangelizador e pastoral da doutora Zilda.
A celebração eucarística foi conduzida pelo presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno, e contou com a presença de mais de 20 bispos de vários municípios brasileiros e autoridades municipais e estaduais.
Beatificação
De acordo com Nelson Arns, coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança e filho de Zilda, o evento foi resultado de uma rede nacional de mobilização, que coletou assinaturas para a moção de apoio à beatificação. O documento com mais de 130 mil assinaturas foi entregue durante a celebração eucarística à arquidiocese de Curitiba e o próximo passo será o encaminhamento do processo completo para o Vaticano.
“O trabalho de minha mãe à frente da Pastoral foi marcado pelo altruísmo e isso permanece até hoje. As pessoas que integram a Pastoral buscam melhorar sua atuação junto às crianças e à sociedade, não pedem nada para si, mas pelos outros. O apoio à beatificação de uma pessoa que não era religiosa também chama a atenção para o fato de que todos os cristãos são chamados à santidade, e não apenas aqueles que seguem a vocação religiosa”, disse.
Para o arcebispo da Paraíba (PB) e membro do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, dom Aldo Di Cillo Pagoto, responsável pelo anúncio de que a Igreja do Brasil daria início ao pedido de beatificação de Zilda, o reconhecimento da médica representaria a valorização do enorme legado deixado por ela. “Zilda dedicou-se à uma certa concepção de vida que precisa ser valorizada. Foi agregadora dos valores de defesa e promoção da vida de crianças e idosos. Seu trabalho tem um caráter sagrado, mas também político. Por isso pedimos reconhecimento para essa líder e benemérita”, declarou.
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