A CNBB e a Rede Latino-Americana Iglesias y Minería lançaram ontem (17), em Brasília (DF), o livro 'Igreja e Mineração', fruto de uma trajetória de mobilizações em prol dos territórios e comunidades atingidas pela mineração. O texto, publicado pelas Edições CNBB, traz artigos e testemunhos de experiências de resistência, articulação e busca de soluções para a sociedade, a partir da realidade brasileira.
Um dos organizadores da publicação, o padre Dário Bossi, missionário comboniano que atua em Açailândia (MA) e compõe grupos ligados às causas ambientais, como a Rede Iglesias y Minería, cita exemplos de histórias apresentadas ao leitor. O livro “narra a resistência das comunidades do Ceará frente à mineração de urânio; a organização das comunidades da Bahia, através da CPT, ameaçadas pela mineração e fosfato; a espiritualidade e a utopia da comunidade de Piquiá de Baixo, no Maranhão, buscando vida frente à poluição siderúrgica; a situação dos povos indígenas no confronto com os interesses das grandes mineradoras; as questões urbanas e a situação dos acampamentos no sul fluminense, frente à poluição da mineração”, enumerou.
Na capital federal o lançamento foi coordenado pelo bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Guilherme Werlang. Outro evento de lançamento ocorreu durante reunião do Comitê Executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), em Manaus (AM), com o arcebispo de Huancayo, no Peru, e presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), dom Pedro Barreto Jimeno, que compõe a Rede Iglesias y Minería.
Foto de: CNBB.
Dom Barreto no lançamento do livro,
em Manaus (AM)
Dom Pedro Barreto, que faz o elo entre a Repam e o Celam e também com o Vaticano, saudou a Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB pela iniciativa da publicação e considerou uma “prova muito significativa para chegar às populações afetadas pela mineração irresponsável”. Para ele, a publicação significa um avanço eclesial para uma “resposta global a um problema global, em um sistema que privilegia o lucro em detrimento da dignidade da pessoa humana”. “Neste sentido a Igreja tem uma resposta muito precisa e teremos que unir esforço por meio da Repam”, afirmou.
Sobre a realidade das comunidades, o bispo revela os testemunhos de comunidades que ocupam territórios há gerações e, de repente, se veem forçadas a migrarem a lugares que geram ruptura cultural. “Isso a Igreja não pode aceitar!”, concluiu.
O livro pode ser adquido no site das Edições CNBB.
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