Em 22 de novembro de 2020, em uma carta enviada à deputada argentina Victoria Morales Gorleri, o Santo Padre havia reiterado a importância de proteger a vida diante das tentativas de legalizar o aborto na Argentina. No entanto, após a aprovação da legalização, o Sumo Pontífice tem sido acusado por algumas pessoas de não se manifestar sobre o assunto.
Porém, em diversa ocasiões, o Papa Francisco também falou de modo aberto e contundente sobre o tema. Relembre abaixo cinco de muitos desses momentos:
1. "É nazismo com luvas brancas"
Em 18 de junho de 2018, o Papa Francisco disse que o aborto, em alguns casos, é o 'nazismo com luvas brancas'. Dois dias depois da aprovação do Projeto de Lei de interrupção voluntária da gravidez pela Câmara dos Deputados na Argentina, o Pontífice reagiu à derrota que sofreu em seu país de origem com declarações fortes.
2. "Lutar contra injustiças e tão importante quanto lutar contra o aborto"
“Lutar contra injustiça é tão importante quanto combater ao aborto”, pontuou o Papa no dia 9 de abril de 2018. No documento Gaudete et exultate, Francisco critica católicos que relativizam os ensinamentos sociais da Igreja.
3. Discurso a ginecologistas católicos
Leia Mais O que a 'Amoris laetitia' nos ensina sobre a família?Em 29 de setembro de 2013, Francisco discursou:
“Entre estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predileção, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir.
Muitas vezes, para ridiculizar jocosamente a defesa que a Igreja faz da vida dos nascituros, procura-se apresentar a sua posição como ideológica, obscurantista e conservadora; mas, no entanto, esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano".
4. Exortação apostólica Evangelii Gaudium
Em 24 de novembro de 2013, o Santo Padre ressaltou que, “infelizmente, objeto de descarte não são apenas os alimentos ou os bens supérfluos, mas muitas vezes os próprios seres humanos, que acabam ‘descartados’ como se fossem ‘coisas desnecessárias’. Por exemplo, causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto".
5. Discurso aos membros do corpo diplomático
Em 13 de janeiro de 2014, o Papa afirmou:
“Nos dias de hoje, para a economia que se implantou no mundo, onde no centro se encontra o deus-dinheiro e não a pessoa humana, o resto é ordenado a isso, e o que não faz parte desta ordem é descartado. Descartam-se os filhos que são a mais, que incomodam ou que não é oportuno que nasçam… Os bispos espanhóis falaram-me, recentemente, sobre o número de abortos e eu fiquei petrificado”, espantou-se Francisco na ocasião.
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