Localização: Brusque (SC)
No dia 22 de outubro de 1875, depois de embarcarem em Le Havre (França) para emigrarem para o Brasil, as famílias vindas do distrito de Treviglio (Itália) combinaram entre si que ficariam sempre unidas. Para isso, levantariam uma igrejinha ou capela em honra à “Madonna de Caravaggio”.
A promessa de permanecerem sempre juntos não se concretizou. No Vale de Azambuja (Valata Azambuja), situado a três quilômetros de Brusque (SC), fixaram-se apenas 9 colonos. Inicialmente chamado de “Caminho do Ribeirão” ou “Caminho do Meio”, tomou o nome de Azambuja, possivelmente em homenagem ao então Diretor do Departamento de Terras de Brusque, Conselheiro Dr. Bernardo Augusto Nascentes d’Azambuja.
Já em 1876, apenas os primeiros colonos ao Vale de Azambuja tinham chegado. Começaram então a pensar em construir uma Capela em honra à Nossa Senhora de Caravaggio.
Após algumas discussões de como fazê-la, no primeiro domingo de novembro de 1884, chegaram a uma conclusão: decidiram construí-la de tijolos, para que ficasse mais segura e mais barata, pois tudo se faria ali mesmo.
No final daquele mês era iniciada a fabricação dos tijolos e das telhas para o futuro templo. Foi então erguida uma pequena igreja, medindo 6 metros de comprimento por 3 de largura. Com a sacristia, totalizava 36 metros quadrados. O terreno foi doado por Pietro Colzani, possuidor do lote nº 16. Sobre o altar, um quadro de Nossa Senhora de Caravaggio, vindo diretamente da Itália. Este quadro ainda hoje pode ser admirado na gruta anexa ao Santuário. Ali não se invoca Nossa Senhora de Caravaggio, mas Nossa Senhora de “Azambuja”.
No dia 24 de abril de 1887, a capela foi benta pelo Padre Marcello Ronchi, SCJ, estando presente também o Pe. João Fritzen, SCJ, então Vigário de Brusque.
Azambuja logo torna-se um centro de peregrinações. Crescendo o número de romeiros e vendo a importância espiritual que alcançava, Pe. Antônio Eising inicia a construção de uma nova Igreja, no mesmo ano em que chega a Brusque, 1892. A nova Igreja, que media 10 metros de largura por 12 de comprimento, sem contar o presbitério, estava concluída em 1894. A antiga ermida, que ficava um pouco abaixo do atual Santuário, conservou o quadro de Nossa Senhora. Encomendaram na Itália as imagens de Nossa Senhora e de Joanita, as mesmas que ainda hoje se encontram no altar-mor do Santuário.
A partir de 1892, passou a ser comemorada a tradicional festa de 26 de maio, dia da aparição. Em 15 de agosto de 1900, é celebrada pela primeira vez a festa da Assunção de Nossa Senhora.
Cada vez mais afluíam devotos para as festas. Consta que, na festa de 1900, contaram-se 2.000 romeiros. Crescendo a importância, o Bispo Diocesano de Curitiba, Dom Duarte Leopoldo e Silva, a 1º de setembro de 1905, eleva a Capela de Azambuja à dignidade de Santuário Episcopal, com o título de Santuário de Nossa Senhora de Azambuja, desmembrando-o da jurisdição do Vigário de Brusque. Na mesma oportunidade, é nomeado Pe. Gabriel Lux, SCJ, “Fabriqueiro-Administrador do Santuário e Delegado da Autoridade Diocesana, com plenos poderes”. A finalidade desta criação, basicamente, foi de, através das esmolas dos romeiros, se propiciar condições de subsistência à Santa Casa de Misericórdia de Nossa Senhora de Azambuja, que havia sido criada três anos antes, a 29 de junho de 1902.
Em abril de 1927 é transferido para Azambuja o Seminário Menor da Aquidiocese de Florianópolis. Pe. Jaime de Barros Câmara, que mais tarde viria a ser Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, foi seu primeiro Reitor. Desde então, os sacerdotes professores do Seminário assumiram também a pastoral do Santuário.
No dia 2 de novembro de 1927, são retirados da antiga Capelinha os quadros, bancos e ex-votos. No dia seguinte é feita a demolição da mesma. Ali, junto à fonte, cujas águas são tidas como miraculosas, dá-se início à construção de uma gruta. Um ano depois, a 9 de dezembro de 1928, Pe. Jaime abençoava e inaugurava o novo monumento de piedade. Na gruta são entronizadas as imagens de nossa Senhora de Lourdes e Bernadete. Sobre a gruta, que está dois metros abaixo do nível do terreno, uma capela, onde estão o quadro de Nossa Senhora de Caravaggio e os ex-votos dos romeiros.
No dia 8 de dezembro de 1939 era lançada a pedra fundamental do novo e majestoso Santuário, o terceiro a ser edificado. Suas paredes foram erguidas em redor do Santuário anterior. O projeto, idealizado pelo renomado arquiteto Simão Gramlich, previu uma torre com 40 metros de altura e uma nave central medindo 45 metros de comprimento por 16 metros de largura, com uma altura de 20 metros. Entre junho e setembro de 1941, se destrói o antigo Santuário.
Embora já estivesse sendo usado desde 1943, somente em 26 de maio de 1956, Dom Joaquim Domingues de Oliveira oficia a consagração do Templo.
A partir de 1950 se constrói o “Morro do Rosário”: consta dos 15 Mistérios do Rosário, distribuídos ao longo do caminho de acesso ao cume do morro que fica atrás do Santuário. No topo, o último dos Mistérios Gloriosos: a coroação da Virgem Maria pela Santíssima Trindade. Cada um dos mistérios consta de estátua ou grupos de estátuas feitas de cimento, em tamanho natural.
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