Desde os primórdios da Igreja, existe uma estreita relação entre a formação eclesial da Igreja e o estudo da Mariologia, já no período patrístico, nos primeiros séculos do cristianismo, o estudo sobre Maria, a mãe de Jesus, foi uma exigência para construção da identidade da fé cristã, nessa época, se carecia de referências para composição da mentalidade cristã, vinda inicialmente da formação judaica, os Padres da Igreja, se prepararam de modo a transmitir a fé de modo integral. Posteriormente, no período medieval, os monges se desdobraram nos estudos, pesquisas e escritos sobre Maria; já consolidada a fé da Igreja, era preciso construir os limites da Mariologia e o início da defesa da imagem de Maria, frente aos muitos opositores da fé católica, nessa época, não faltou o empenho de tantos religiosos.
Já no período moderno, muitos teólogos se desdobraram na construção da Teologia Marial, nessa época fez-se necessária a manutenção dos parâmetros já estabelecidos e o alargamento do horizonte mariológico. Não podemos desconsiderar, que essas contribuições muito favoreceram para a formação sacerdotal e religiosa da Igreja, diga-se, a formação eclesial e teológica do povo de Deus. A Mariologia faz parte de um processo gradual de formação teológica da Igreja, em cada período ela evoluiu e se desenvolveu, filha do seu tempo, esteve sujeita às evoluções e retrocessos; porém, sempre guiada pelo Divino Espírito e resguardada pelo Magistério. Durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), os documentos compostos, sinalizaram para a importância do estudo da Mariologia, como parte integral da formação acadêmica dos seminaristas e noviças: “Sob a direção do Magistério cultivem o estudo da Sagrada Escritura, dos Santos Padres e Doutores e das liturgias da Igreja para retamente ilustrar os ofícios e privilégios da Bem-aventurada Virgem que sempre levam a Cristo, origem de toda verdade, santidade e piedade” (LG, 67).
A formação intelectual, daqueles que lideram as comunidades e realidades eclesiais, sempre foi uma preocupação da Igreja, e desde os primórdios, o estudo da Mariologia, foi parte integrante dos currículos acadêmicos para a formação teológica. É fato, que pelo menos 40% das atividades eclesiais são marianas, as congregações, seminários, paróquias e comunidades, transitam constantemente no ambiente da Mariologia. Portanto, um estudo aprofundado se faz necessário, não podemos desconsiderar a Mariologia, como parte essencial da vida da Igreja, como fator eclesial, antropológico e cultural.
Consciente da importância do estudo da Mariologia, a Sagrada Congregação para a Educação Católica, em 1988, lançou o documento: A Virgem Maria na formação intelectual e espiritual, destinado à formação sacerdotal e religiosa dos membros da Igreja. Consideremos alguns aspectos do documento: “A história da teologia atesta que o conhecimento do mistério da Virgem contribui para um conhecimento mais profundo do mistério de Cristo, da Igreja e da vocação do homem. Por outro lado, o vínculo estreito da bem-aventurada Virgem com Cristo, com a Igreja e com a humanidade faz com que a verdade acerca de Cristo, da Igreja e do homem ilumine a verdade concernente a Maria de Nazaré” (n. 18). Em constante aprimoramento, exortou ainda o documento: “É, portanto, necessário que cada centro de estudos teológicos – segundo a fisionomia própria preveja na Ratio studiorum o ensino da mariologia num modo definido e com as características acima enunciadas; e que, consequentemente, que os professores de mariologia tenham uma preparação adequada” (n. 30). Tendo em vista, o atendimento pastoral da Igreja, ponderou: “Como todas as disciplinas teológicas também a mariologia oferece um precioso contributo à pastoral” (n. 32); na esteira dessa preocupação, exortou ainda: “A investigação e o ensino da mariologia, e o seu serviço à pastoral tendem à promoção duma autêntica piedade mariana, que deve caracterizar a vida de todo o cristão e particularmente daqueles que se dedicam aos estudos teológicos e se preparam ao Sacerdócio” (n. 33).
Tratando sobre a formação dos futuros líderes e pastores da Igreja, asseverou o documento: “O Vaticano II, tratando da necessidade de os seminaristas terem uma profunda vida espiritual, recomenda que eles «amem e venerem com filial confiança a Santíssima Virgem, que foi dada como Mãe ao discípulo por Jesus Cristo moribundo na cruz»” (n. 33). Na conclusão, o documento, afirmou: “O estudo da mariologia tende, como sua meta última, à aquisição duma sólida espiritualidade mariana, aspecto essencial da espiritualidade cristã” (n. 36). A Igreja sempre se preocupou com a formação dos seus pastores e daqueles que lideram, tomando por base, aqueles que são assistidos pela pastoral da Igreja, e sempre recomendou o aprimoramento intelectual. Uma boa formação mariológica, certamente, favorecerá uma boa vivência da fé católica, tanto por parte dos pastores como dos fiéis. O estímulo para o estudo da Mariologia, deve se estender particularmente aos fiéis, para que, conhecendo mais Maria, possam amar mais seu filho Jesus.
Soberana Rainha: A devoção a Nossa Senhora Gregoriana
Maria Santíssima possui muitos títulos, e entre eles, sabemos que alguns foram atribuídos pela piedade popular, outros por papas e teólogos ao longo dos séculos. Alguns títulos trazem referência às virtudes da Virgem Maria, outros se relacionam a fatos históricos, aparições ou mariofanias acontecidas ao redor do mundo. Há também os títulos relacionados a elementos simbólicos. O fato é que a Virgem Mãe de Deus se revela sempre próxima de cada povo, especialmente dos mais simples homens e mulheres de cada época ou nação: é a padroeira de muitas gentes!
Palavra do diretor: Maria é modelo para nossa Quaresma
Nossa Senhora é muito presente em nossas orações por ocasião da Quaresma, e é saudável que ela nos acompanhe com seu carinho maternal.
A oração mariana do Santo Terço, um compromisso com Jesus e com a fé
Uma antiquíssima piedade popular mariana, a oração do Santo Terço, está presente na vida de inúmeros cristãos diariamente. A prática desta devoção proporcionou uma vivência diferente da fé católica aos homens no Brasil; o movimento “Terço dos Homens” se espalhou do norte ao sul do país, chegando a inúmeras comunidades.
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