Perfume doce de flores do andor; cortejos de crianças vestidas como anjinhos; orações, ladainhas e cânticos populares; pétalas de rosas pelo chão; toalhas, cortinas, rendas e mantos azuis e brancos; sinos e procissões; terços ou velas às mãos e lágrimas nos olhos...
Assim é, para muitas de nossas comunidades, o mês tradicional de maio, mês de Maria, a quem coroamos como Senhora e a quem assim nos dirigimos neste tempo pascal: “Regina Coeli” - Rainha do céu... E Rainha de todos os povos da terra!
As manifestações de devoção que a piedade popular presta a Maria alcançam seu ápice neste mês mariano com as coroações das imagens da Virgem, comumente no dia 31, Festa Litúrgica da Visitação de Nossa Senhora. O gesto da coroação, repleto de sentimento e afeição, não é meramente ingênuo e infundado.
A coroação de Maria, por trás do simbolismo, que evoca a Mulher do Apocalipse (Ap 12,1-2), é uma prestação de devido reconhecimento Àquela que pelo Deus Libertador foi preservada da mancha do pecado em previsão dos méritos de Cristo, de quem tornou-se Mãe e fiel Colaboradora no plano divino da salvação. Elevada aos céus de corpo e alma, Maria nos permite antever o prêmio da eterna glória. Filha, Esposa e Mãe do Deus Uno e Trino, a Senhora recebe a coroa esplendorosa da glória celestial.
Ao fazermos memória desse mistério nas cerimônias de coroação de Maria, reconhecemo-La não apenas como Rainha dos céus, mas Rainha das nações todas, que encontram Nela um sinal da proteção do Alto. Nesse sentido, as variadas etnias atribuem a Ela um sem-fim de títulos, invocações e nomes que evidenciam sua missão como Mãe da Igreja, bendita herança que o Cristo nos deixou antes de sua morte (Jo 19,26-27).
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Em todo lugar, situação ou época histórica em que a vida se esvai e as trevas doridas da escravidão, da penúria, da carestia, dos desastres naturais, da opressão, da peste, da desolação, da guerra, da enfermidade, da perseguição, da crise social e política e de outras tantas intempéries se abatem sobre os povos, Maria torna atual seu Magnificat, evidenciando a predileção divina pelos pequenos e dando sentido e concretude à sua missão de Mãe da Igreja.
Providencialmente, nesses momentos cruciais e críticos da História da humanidade, Ela se manifesta em aparições, imagens ou inspirações que principiam as devoções e os títulos marianos, os quais trazem alento e, tal como nas Bodas de Caná, o Vinho Novo da Alegria, Jesus Cristo, aplacando todas as vicissitudes. Cabe a nós, assim, render graças, porque a majestade servidora de Maria nos permite chamá-la, antes de Rainha, “Mãezinha do céu”, como muitos cantamos, filialmente, nas noites plácidas de coroação deste maio festivo.
Leonardo C. de Almeida
Associado da Academia Marial de Aparecida
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