Há tantos títulos dados a Maria, a Mãe de Jesus. Alguns de cunho bíblico, outros com referências históricas, ou ligados a lendas, ou poéticos, ou com referência comovente à vida doméstica, como Nossa Senhora das Galinhas, venerada nos arredores de Nápoles. Títulos que demonstram o carinho de tanto tempo do povo cristão para com Maria. Não, porém, carinho apenas. Demonstram ainda a longa caminhada na compreensão da fé, a gradual penetração no mistério da salvação. Quando reconheceremos Maria de Nazaré como “Mãe de Jesus Cristo”, lembramos alguns aspectos fundamentais para a compreensão da figura da Virgem.
Em primeiro lugar, a mãe de Jesus, o nazareno, é filha de nossa humanidade, não um ser vindo do céu, mas uma mulher das nossas mulheres. Mulher que participou dos anseios, fraquezas, alegrias e tristezas nossas. Criatura humana que também precisou ser remida e libertada pelo poder divino de salvação, mesmo tendo sido remida de maneira exímia, preservada de todo o mal desde o primeiro instante de sua vida. Vamos repetir: preservada de qualquer mancha, porque também foi salva. Mãe de Jesus, mulher que viveu a experiência da gravidez, do dar à luz, do amamentar, do lavar e do embalar; do ver crescer, do sentir-se aos poucos menos necessária. Mãe de um adolescente, de um jovem, de um homem.
Mãe de Jesus, que é o Cristo filho de Deus: isso deu uma característica única ao seu relacionamento com o filho: relacionamento marcado pela fé que nasce da graça. Como diziam os antigos teólogos, não foi apenas corporalmente que Maria concebeu Jesus: concebeu-o, recebeu-o também pela fé, pela entrega total de quem se confia à graça misericordiosa de Deus.
Mãe de Jesus, filho de Deus e salvador enviado. Jesus Cristo que é a razão de ser do universo, ponto mais alto da criação e da humanidade. Mãe do Salvador, não apenas porque o deu à luz, mas porque se deixou totalmente envolver a absolver por ele, sendo salva e tornando-se também – com ele, nele e por ele – salvação para outros. Exatamente como todos os remidos, ainda que de maneira privilegiada, sendo a mais amada pela Trindade e, por isso mesmo, a mais plenamente agraciada e a mais capaz de ser bênção de Deus para os irmãos.
Olhando para Maria, a Mãe de Jesus Cristo, vamos aprender com ela o valor de salvação que podemos dar à nossa vida. Vamos compreender que o importante é estarmos unidos a Jesus pela fé, na vida da graça. Vamos lembrar que Maria ocupa um lugar central entre todos os irmãos e irmãs que, pela graça, são também salvação para todos.
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