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Maria Santíssima, Mãe e Mulher em Missão

“Faça-se em mim segundo a tua palavra”

Escrito por Academia Marial

24 OUT 2022 - 09H00 (Atualizada em 26 SET 2023 - 10H53)

O sim pronunciado a Deus de todo coração nos faz naturalmente missionários! 

Quem responde ao amor infinito de Deus não tem como não ir, não ser, não estar em saída. Ir para a missão, ser missionário (a) e estar sempre a caminho sem descanso para proclamar as palavras que não passam. O tempo é breve e é urgente o apelo do Evangelho:

““Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” MT 28,19

Cada um de nós na vocação que recebemos, somos convidados a desempenhar a missão para qual fomos chamados, afinal com nosso sim a Deus, somos todos convocados a sermos automaticamente missionários e missionárias.

Leia MaisJMJ 2023: A missão do jovem Presença mariana na missão redentoristaMaria, desde a casinha de Nazaré se tornou missionária após responder seu “sim” ao Criador.

Nossa missão em comum é a de anunciar Cristo e seu Evangelho ao mundo inteiro (Mt 28,19-20) como fez Maria, a primeira a comunicar Cristo ao mundo.

Ela é a grande missionária, porque continuadora da missão de seu Filho Jesus Cristo e forma discípulos para a Igreja.

Para o Cristianismo, Missão é se relacionar com Jesus e exercer o mandato missionário de proclamar o Evangelho “sobre os telhados"(Mt 10,27). A Igreja tem em Maria o modelo de missionariedade.

Podemos resumir a missão de Maria em três pontos fundamentais. Primeiramente a de ser Mãe de Deus e nossa. Em decorrência de ser Mãe de Deus, Maria se torna nossa mãe também na ordem da graça. (CIC 968).

Maria é real e verdadeiramente nossa Mãe, desde o seu sim na Anunciação até o sim ao pé da cruz no calvário – da maternidade divina à maternidade universal.

Uma gerada pelo Espírito Santo e a outra gerada pela fé. O Espírito Santo a faz Mãe de Deus e a sua fé a faz mãe de toda a Igreja – “feliz aquela que creu” (Lc 1,45) – de todos os discípulos-missionários.

No segundo ponto, a missão de Maria é ser protótipo de toda a Igreja, porto seguro aos peregrinos que estão a caminho rumo ao céu. “Estrela da evangelização”, como afirmou Paulo VI, ela brilha com suas virtudes, sendo um espelho para a Igreja olhar e deslumbrar o futuro da missão, o quanto ainda precisamos caminhar, vivenciando alegrias e dores.

Por isso, o Catecismo nos recorda que Maria é ícone escatológico da Igreja (CIC 972 ).

No terceiro e último ponto é que nossa mãe é intercessora. Assunta aos céus em corpo e alma não abandonou a Igreja, mas a auxilia constantemente com sua presença materna. Assim também nós devemos dar as mãos uns aos outros e levar a termo a proposta de Jesus, que é vida e vida em abundância. Também nós a interceder pelos que sofrem e mediar caminhos de paz para os mais pobres.

Sua presença ativa na obra da Redenção revela que é missionária do Pai. Na Anunciação, Maria abraça a missão da maternidade divina na liberdade e com resignação; na visita à parenta Isabel estende sua missão de mãe para missionária, que se coloca a caminho para levar Cristo e ajudar a prima; no nascimento contempla a razão de sua missão, seu Filho e seu Deus, é por Ele, com Ele e Nele.

Assim como na Adoração dos Pastores e Magos apresenta a maior de todas as missões, anunciar Cristo ao mundo; na fuga para o Egito nos ensina que Missão é tarefa árdua porque cheia de desafios, incompreensões e até mesmo perseguições; na Cruz continua a abraçar a missão com todas as forças de seu coração e nos deixa o legado de não desistir jamais do “sim” entregue a Deus.

Na Ressurreição, nos coloca que Missão é a comunicação da Vida e no Pentecostes a missão de caminhar na Unidade e Comunhão, estar junto e interceder pela comunidade.

Nas aparições recebe títulos missionários, tais como Aparecida, Guadalupe, Fátima, Lourdes, Salette e outros, que expressam a mesma missão: levar todos a Jesus.


A missão de Maria nos inspira!
Sempre! Modelo de seguimento, inspiradora de vida de oração e vida missionária, que nos ensina a contemplação mas também à ação, põe nossos ouvidos a escutar à Palavra mas também a estar atentos à necessidade do próximo.

Maria, nossa Mãe Missionária, nos ajude a viver a gratuidade do amor que não pode faltar a nossa vocação de discípulos-missionários.


Pe. Ramon Aparecido Ramos
Paróquia São Pedro e São Paulo Jaú-SP
Membro da Academia Marial de Aparecida

Referências
Bíblia Sagrada de Jerusalém - Ed. Paulus
Catecismo da Igreja Católica - Ed. Loyola
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