Por Edson Luiz Sampel Em Artigos

O que acontece depois da morte?

site_chico_xavier_640x4802

 

O texto abaixo numerado está baseado na “Carta sobre algumas questões referentes à escatologia”, da Congregação para a Doutrina da Fé. Contém, também, algumas transcrições literais desse documento da cúria romana. Pode ser repassado a pessoas enlutadas, como alento e conforto, porque demonstra que a morte não é o fim de tudo, mas o começo de uma nova fase da vida humana.

1) Depois da morte, ocorre a sobrevivência e a substância de um elemento espiritual, dotado de consciência e de vontade. Subsiste, assim, o eu humano, enquanto carece do complemento do seu corpo. Este elemento espiritual se chama alma.

2) Aguarda-se a gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, considerada, entretanto, distinta e postergada em relação à condição própria do homem imediatamente depois da morte. Alguns teólogos denominam evo [pronuncia-se évo] esse “tempo” que medeia entre a morte e a ressurreição dos mortos, no juízo final. De fato, o tempo (com começo e fim) se refere ao homem na terra, a eternidade (sem começo e sem fim) é um atributo exclusivo de Deus e o evo (começa com o óbito e não tem fim), típico do homem, é definido como uma sucessão de atos psicológicos.

3) A ressurreição dos mortos se refere a todo o homem, isto é, corpo e alma: para os eleitos não é, senão, a extensão da própria ressurreição de Jesus Cristo.

4) A Igreja, em adesão fiel ao novo testamento e à tradição, crê na felicidade dos justos, que estarão um dia com Cristo no céu. Também crê no castigo eterno que espera o pecador, que será privado da visão de Deus, e na repercussão dessa pena em todo o seu ser. Crê, finalmente, em uma eventual purificação para os eleitos, prévia à visão de Deus; de todo diversa, no entanto, do castigo dos condenados. Isto é o que entende a Igreja quando fala do inferno e do purgatório.

5) Os cristãos devem manter-se firmes quanto a dois pontos essenciais: têm de acreditar, por um lado, na continuidade fundamental que existe, por virtude do Espírito Santo, entre a vida presente em Cristo e a vida futura; por outro lado, deve-se saber que ocorre uma ruptura radical entre o presente e o futuro, pelo fato de que à economia da fé sucede a economia da plena luz; ou seja, no céu, nós estaremos com Cristo e veremos Deus (1 Jo 3,2).

 

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Edson Luiz Sampel, em Artigos

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...