Passada a Semana Santa, continuamos nos voltando ao nosso modelo de Fé, a Virgem Maria. Veneramos as sete dores da Mãe, mas também devemos meditar as sete alegrias daquela que testemunhou a Ressurreição de Jesus, o sinal que a humanidade esperava da vitória sobre a morte.“No tempo pascal a comunidade cristã, ao dirigir-se à Mãe do Senhor, convida-a a alegrar-se: “Regina caeli, laetare. Aleluja!”, “Rainha do céu, alegra-te. Aleluia!”. Recorda assim a alegria de Maria pela Ressurreição de Jesus, prolongando no tempo o “alegra-te” que lhe fora dirigido pelo Anjo na anunciação, para que se tornasse “causa de júbilo” para a humanidade inteira.” (Beato João Paulo II, que será canonizado no dia 27 de abril)
Alegria que se iniciou na anunciação, quando a saudação do Anjo Gabriel soou aos seus ouvidos: ‘Alegra-te, cheia de graça!’. Maria assim o fez. Já na visita à sua prima Isabel, manifesta seu contentamento no Magnificat: ”Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva.” A mesma exultação que sentiu no nascimento do Menino Jesus, enquanto os anjos diziam aos pastores: “Eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2,11). Em seguida, ao ver seu Filho sendo adorado por três reis magos, que vieram de longe buscando o Menino, guiados pela estrela que os encheram de profunda alegria (Mt 2,10).
Embora não entendesse o significado das palavras de Jesus quando o encontra no templo, após três dias de procura, podemos bem saber a alegria de uma mãe ao reencontrar seu filho perdido. A alegria de quem permaneceu aos pés da Cruz, firme, confiante, dolorosa para depois acolhê-lo Ressuscitado. A Mãe Santíssima foi certamente testemunha da Ressurreição de Cristo, completando desse modo a sua participação em todos os momentos essenciais do mistério pascal. Essa que viveu sabendo transformar a dor em amor, só podia mesmo receber o mais alto grau de congraçamento, sua última alegria na Terra, quando da Sua Assunção e Coroação como Rainha do Céu.
A alegria deve ser a vocação do cristão, sabendo-nos filhos amados do Pai que nos deu Maria como Mãe. Mesmo nos momentos mais difíceis de nossa vida pessoal, mesmo presenciando um mundo com graves crises morais, sociais e políticas, Maria nos ensina a fortalecer a nossa fé em Jesus, a nos alegrar e ter esperança. “De fato, na Mãe de Jesus, a fé mostrou-se cheia de fruto e, quando a nossa vida espiritual dá fruto, enchemo-nos de alegria, que é o sinal mais claro da grandeza da fé. Na sua vida, Maria realizou a peregrinação da fé seguindo o seu Filho.” (Papa Francisco). Experimentemos a alegria dos frutos da nossa Quaresma, de nosso pedido à Mãe ao interceder por nós para transformar a água de nossa vida espiritual em um precioso vinho.
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