O calendário católico celebra no dia 15 de agosto a Assunção de Maria ao céu. No Brasil a festa litúrgica acontece no 3º domingo enfocando em especial a vocação à vida consagrada e religiosa. Em todas as Igrejas e capelas o povo de Deus contempla a mãe bendita, modelo perfeito da nossa consagração a Jesus. Já glorificada junto ao Filho nós a invocamos num misto de alegria e esperança profundas. Desde os primeiros séculos a Igreja refletia sobre esta verdade da fé: completado o curso de sua vida terrena, Maria foi elevada à glória do céu em corpo e alma. Professada extra oficialmente no culto e, enfim, proclamada solenemente pelo papa Pio XII há 65 anos: 01/11/1950. Tudo o que liga Maria ao mistério da Redenção de Jesus, tudo o que diz respeito à exemplaridade dela para a Igreja viver a fé nele, interessa diretamente ao discipulado, ou seja, à nossa vocação de discípulos e missionários do Senhor ressuscitado, que nos consagrou no batismo. Maria está presente na História não porque sabemos onde nasceu, o que fez, como viveu e onde morreu. A Encarnação de Jesus em seu seio virginal a tornou inseparável do mistério da nossa salvação.
A Sagrada Escritura não diz nada a respeito da morte de Maria. O que alimenta o nosso conhecimento e fundamenta o culto mariano é a própria fé em Jesus, é a reflexão teológica das primeiras comunidades, é a Tradição viva da Igreja e o seu ensino oficial constante. Podemos então dizer que ela morreu aos pés da cruz vítima com Ele no sofrimento redentor. Naquela hora aconteceu o último golpe da espada de dor atravessando-lhe a alma, profetizado por Simeão, o velho servidor do Templo, quando Maria apresentou lá o seu filho recém-nascido. E no Calvário o novo Adão, Jesus, associado à nova Eva, Maria, deu início a nova humanidade. É claro, a vida glorificada de Jesus vencedor da morte pela ressurreição foi comunicada em primeiro lugar à sua mãe. Desde então o seu corpo mortal foi transformado por um novo modo de existir.
Mais importante do que saber quanto tempo Maria viveu após a morte de Jesus e se morreu ou não, é refletir sobre a transformação inaudita que inundou todo o seu ser. É vê-la no horizonte da felicidade que Deus nos deu em Cristo. Ela foi possuída por uma vida nova: a do Cristo glorificado. Maria é a primeira pessoa humana associada a Jesus na glória, na vitória da carne humana libertada da força do mal. Assunta ao céu, ela, nossa mãe e irmã, representa e inaugura a Igreja vencedora. Indica o caminho, antecipa a meta comum dos membros do corpo de Cristo ressuscitado que nós somos. Ela nos enche de esperança e do céu nos ajuda nos sofrimentos, angústias, dúvidas que acompanham a peregrinação terrena. Caminhando sob sua proteção jamais nos separaremos de Jesus.
Pe. Antonio Clayton Sant’Anna,CSsR
Diretor da Academia Marial de 2010 - 2015
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