Exposições

Academia Marial inaugura a exposição: “Do barro ao Sagrado”

Evidenciando a tradição, cultura e fé, a exposição conta com parceria do CDM e de um artesão do Vale do Paraíba

Escrito por Fagner Lima

04 OUT 2024 - 17H23 (Atualizada em 09 OUT 2024 - 14H43)

A Academia Marial, em parceria com o Centro de Documentação e Memória do Santuário Nacional (CDM) e o artista Felipe Callipo, inaugurou uma nova exposição na vitrine do espaço da AMA no subsolo do Santuário Nacional, em Aparecida (SP).

Intitulada de “DO BARRO AO SAGRADO: A transformação que une arte e espiritualidade”, a mostra pretende inserir os visitantes no magnífico processo de criação, produção e finalização de esculturas sacras, uma técnica que une habilidade, tradição e espiritualidade.

Todas as obras expostas são títulos marianos produzidos pelo artista Felipe Callipo, natural de Mogi das Cruzes e atualmente morador de Pindamonhangaba, ambos os municípios no interior do Estado de São Paulo.

A arte de produzir imagens sacras por meio do barro é uma expressão da religiosidade popular, de identidade cultural e sua essência é transmitida pelas gerações, o artista aprendeu o ofício e a tradição da arte santeira com seu pai, Sérgio Callipo, que desde os 13 anos de idade começou a produzir peças utilitárias tendo a argila como matéria-prima. Sérgio conta que ainda na década de 70 recebeu o primeiro pedido para a confecção de peças sacras, dando início a uma produção que dura até os dias de hoje.

““Eu comecei fazendo pequenos utilitários. Pratos, xícaras e em 1974 começaram a pedir se eu não faria algumas imagens sacras. E aí comecei a desenvolver.”” Sérgio Callipo

O experiente artesão compartilha que não apenas fabrica as peças, mas, que busca conhecer a história da devoção acerca de cada escultura produzida para ter base e fundamento em sua obra e, transmitir assim uma história, intensificando a conexão da arte com a espiritualidade

Entre as obras expostas, Nossa Senhora da Conceição Aparecida ocupa um lugar especial, a mostra tem sua inspiração na devoção à Padroeira do Brasil, encontrada por três pescadores em 1717 no Rio Paraíba do Sul, a escultura da Virgem Maria segundo historiadores foi esculpida em barro e é atribuída a Frei Agostinho de Jesus, considerado um dos primeiros artistas sacros do Brasil, a quem o artesão responsável pelas obras expostas tem como grande inspiração e referência. Por isso a exposição proporciona ao visitante uma experiência visual das partes do processo de fabricação, desde a coleta do barro, a preparação, modelagem e a finalização das peças, etapas realizadas com precisão e cuidado.

A visitação ao local da exposição é gratuita, acessível e aberta ao público todos os dias das 08h as 17h, no subsolo do Santuário Nacional de Aparecida. Especialmente no mês da Padroeira, nos dias 4, 18 e 25 de outubro os visitantes serão agraciados com uma demonstração da confecção de imagens sacras pelo artista, Felipe Callipo, de modo presencial e gratuito no espaço da mostra.


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