O Sacerdote Jesuíta e historiador Rubén Vargas Ugarte afirma que: (...) “ainda que seja forçado reconhecer que muitos dos conquistadores espanhóis não estiveram isentos de gravíssimos defeitos, é incontestável que a maioria era pessoas de fé e ainda fervorosos devotos da Virgem Maria”. Relatos históricos nos recorda a devoção dos Conquistadores para com a Mãe de Deus.
Sabe-se da devoção de Cristóvão Colombo à Virgem Maria, uma vez que ele às vésperas de seu embarque a procura das Índias, confiou sua aventura à Virgem. Nos estandartes dos navios estavam impressas as imagens de Jesus e de Maria.
Conta-se também a história, que a segunda ilha encontrada por ele foi chamada de Conceição e que, em uma de suas viagens às Américas, construiu a primeira igreja do continente, consagrando-a a Jesus Cristo e a sua Mãe Santíssima.
Também o conquistador Hernán Cortes nutria um grande apreço pela Virgem Maria, a ponto de levar sobre o peito uma corrente de ouro com a Imagem de Nossa Senhora, a Virgem Santa Maria.
Diante da afirmação do historiador Urgarte podemos nos perguntar: “Maria” esta enraizada na fé dos conquistadores e como os conquistados a viam (ameríndios)? Se, para os conquistadores, Maria é a Nossa Senhora dos Aflitos, da Boa Viagem, da Conquista vencida, como nos informam os registros: “ninguém pode duvidar que o triunfo desta conquista deve-se à Rainha do Céu, Nossa Senhora” (UGARTE, 1956).
O escritor Julio Caprani afirma: "Portanto, para os povos ameríndios, a Virgem Maria deveria representar o símbolo e a força de seus inimigos e a quem se devia a causa de sua derrota, evidentemente injusta". Mas não tardará para esta Maria “Conquistadora” se mostrar ao lado dos Ameríndios. Em Guadalupe e Copacabana, por exemplo, essa “Conquistadora” se desvela ao lado dos pobres e conquistados. A Mãe de Deus e dos pobres não aparece mais nos estandartes pomposos; ela deixa de ser estrangeira e estranha a eles. Ela aparece perfeitamente identificada com a cultura e com o idioma do povo massacrado, e o que deseja é reconstruir a vida de seus filhos, destacando as notas de compaixão, auxílio e defesa, dando origem à devoção popular, tão marcante da mariologia latino-americana. Por essa perspectiva, Maria deixa de ser a conquistadora, passa à auxiliadora e aprofunda seu relacionamento maternal com o povo do continente até os nossos dias.
Série especial
Visando a Fé e a Devoção Mariana dos povos latino-americanos, os Servos da Rainha e a marca Aparecida do Brasil, Lembranças de Fé, em parceria com a Academia Marial de Aparecida lança a Série “Padroeiras da América Latina”.
A série tem como finalidade apresentar a história das Padroeiras da América Latina que nos ajudará a meditar e aprofundar a Fé e Devoção à Mãe de Jesus no Continente Latino Americano.
A cada semana, a história contará ainda com dois Cards ilustrativos das Padroeiras que será postado nas redes sociais da Academia Marial (Facebook e Instagram). O primeiro Card será ilustrado com as Imagens das Padroeiras da América Latina do artista plástico José Roberto Leite, mais conhecido por Beto Leite. O segundo Card terá uma prece Mariana dedicada ao título em questão, que nos ajudará a rezar e meditar. As preces são uma colaboração de Sacerdotes, Seminaristas e Monges das Dioceses de São Miguel Paulista, São Carlos, Mogi das Cruzes, Arquidiocese de São Paulo e Arquidiocese de Ribeirão Preto.
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Bibliografia:
UGARTE, Rubén Vargas. Historia del culto de Maria em Iberoamérica y de sus imágenes y santuários más celebrados, Talleres Graficos, 1956
CAPRANI, Julio. Maria, a estrela da evangelização: a presença de Maria nas cinco conferências gerais do Celam. São Paulo: Ave-Maria, 2014.
SOUZA, Alzirinha. Evangelização mariana e devoção popular na América Latina: a exigência do cuidado com o culto a Maria na atualidade – ciberteologia.com.br
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