Título: Nossa Senhora do Rocio – “Padroeira para o presente e para o futuro”.
Padroeira: Paraná
Festa: 15 de Novembro
O Estado do Paraná recebeu seu nome dos tupi-guarani que junto com os Jê habitaram estas terras até a chegada do “homem branco”. O nome “Paraná” dado pelos Tupis ao Estado significa “rio caudaloso”. Em 1557, nascia o que ficou conhecido como o “Paraná Espanhol” com o nome de Ciudad Real del Guayrá. Foi junto a Vila Rica do Espírito Santo e as margens do Rio Ivaí que estas terras tornaram-se a Província de Vera ou do Guayrá. O “Paraná português” tem sua raiz ligada ao Ciclo do Ouro. Na margem esquerda ao rio Taquaré (hoje Itiberê), foi fundada a cidade de Paranaguá. Neste ciclo aurífero, nasceram também as vilas de Antonina, Morretes e no Primeiro Planalto, Curitiba.
A cidade de Paranaguá no estado do Paraná guarda uma rica devoção mariana em torno do título de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira excelsa do Estado. A devoção a Virgem do Rocio teve início com a pesca milagrosa de uma imagem da Virgem Maria pelo Pai Berê na Baía de Paranaguá. Nilando Ribeiro Filho, professor de história afirma que: “A história de Nossa Senhora do Rocio está ligada à história do Paraná. O fato que, sendo Paranaguá o primeiro povoamento ou cidade que surgiu em território paraense, aqui também iniciou-se a fé religiosa cristã e a devoção a Nossa Senhora do Rocio”.
Paranaguá que significa “Grande Mar Redondo”, na língua tupi-guarani foi elevada a condição de Vila em 02 de Junho de 1648 e a Cidade em 05 de Fevereiro de 1842. Em 05 de abril de 1655 foi erguida em Paranaguá a primeira Paróquia da Região Sul do Brasil dedicada a Nossa Senhora do Rosário e que atualmente é a Catedral da Diocese de Paranaguá.
No século XVII nesta cidade portuária tem início a devoção a Nossa Senhora do Rocio logo após a construção do Pelourinho, em 1648.”A pequena e preciosa imagem do Rocio foi encontrada na rede de humildes pescadores, na baía de Paranaguá. Esses pescadores desanimados, cansados e sem esperança de pescar um pouquinho de peixe para sustentar seus filhinhos que, em casa, tinham muita fome, pensavam em retornar para suas casas, mas a coragem e calmaria de um dos praieiros é muito peculiar. Um deles, certamente, o mais corajoso, o Pai Berê lançou a sua rede pela última vez. Ao puxá-la, o bom velhinho sentiu um peso diferente, pensando que fossem muitos peixes. Para surpresa sua, viu nas malhas da rede a pequena imagem de Nossa Senhora em estilo barroco. Colocou-a num oratório em sua modesta choça, reunindo os pescadores vizinhos para venerá-la. Todos os que recorriam a ela com devoção e confiança pescavam abundantemente. E quem orava com fé alcançava graças e mesmo milagres.¹
Outra imagem da Virgem Maria, venerada em Almonte na Espanha, com o mesmo título é: Nuestra Señora Del Rocio. A devoção de Almonte se assemelha muito com a devoção dos paranaenses, vejamos:
"A devoção a Nossa Senhora do Rocio surgiu na Espanha, na Andaluzia, donde partiu Cristóvão Colombo para descobrir a América. O local exato é Almonte, na Diocese de Huelva, sufragânea de Sevilha. A imagem de Nossa Senhora do Rocio foi encontrada por um humilde caçador e agricultor, Gregório de Medina, no oco de uma árvore. A imagem é representada, ora com a veste de uma simples pastora, ora com a de uma rainha, com coroa na cabeça, adornos e vestes reais. Em 1587, Baltazar Tercero, rico joalheiro em Sevilha, ofereceu vultuoso legado para a propagação da devoção e construção da igreja a ela dedicada. Em 1649, grassou uma peste, dizimando a população. O povo recorreu à proteção de Nossa Senhora do Rocio, cessando imediatamente a epidemia (...)"²
Podemos fazer uma analogia da história de Nossa Senhora do Rocio com a encontrada pelo humilde pescador, Pai Berê, na baía de Paranaguá, por volta do ano de 1648. Está fortemente relacionado com o encontro da imagem de Nuestra Señora Del Rocio, pelo humilde caçador Gregório de Medina, na Espanha. Em Almonte, Ela aparece com vestes que representam uma humilde pastora da região de Andaluzia. No entanto, nas liturgias e celebrações solenes, a Virgem do Rocio aparece com vestes e coroa de uma Rainha esplendorosa. Em nosso país, a imagem de Nossa Senhora do Rocio, venerada no Santuário Estadual do Paraná, em Paranaguá, tem estilo barroco, aparece com as vestes que conserva a tradição de sua simplicidade de mulher. Nossa Senhora, que antes tinha suas vestes simples, de uma caiçara, agora aparece com um manto e coroa de Rainha³.
Em 30 de Junho de 1977, o Papa Paulo VI proclamou a Virgem do Rocio como Padroeira Oficial do Estado do Paraná: “O decreto, protocolo CD. 768/77 da Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino declara, em nome do Papa Paulo VI, Nossa Senhora do Rosário do Rocio, Padroeira Oficial do Paraná junto a Deus. O protocolo fez-se acompanhar de um Breve Apostólico (carta) datado de 30 de Junho de 1977, assinado pelo Cardeal João Villot, Secretário do Estado do Vaticano, declarando Nossa Senhora do Rocio Padroeira do Estado do Paraná para o presente e para o futuro ‘ad aeternum’.4
A Imagem de Nossa Senhora que emerge dos Santos Evangelhos e da vida do nosso povo
Ela é toda do povo e está onde o povo está.
Oração em homenagem a Nossa Senhora das Dores
Ó Nossa Senhora das Dores! Ó dores da maior bondade que estão guarnecidas no brilho do sol que é Cristo, luminosidade irradiada em todas as direções e dores em torno das quais giram todas as partes do mundo.
Salve Rainha, a realeza da Virgem Maria
A doutrina da Realeza de Maria pertence à mais antiga Tradição da Igreja, um legado que foi sendo enriquecido, ao longo dos séculos, pelos pontífices.
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