Padroeiro de: Povo Russo
Localização: Kazan, Rússia
Nossa Senhora de Kazan, celebrada em dois diferentes dias, sendo em 8 de julho pela Igreja Católica Apostólica Romana e no dia 04 de novembro pela Santa Igreja Ortodoxa, é considerada por muitos como a Padroeira do povo russo.
O ícone de Nossa Senhora de Kazan, em estilo grego-bizantino, teria sido pintado, segundo os especialistas, em Constantinopla, no século XIII. A obra apresenta a imagem de meio corpo da Virgem Maria carregando o Menino Jesus, que se encontra quase de pé, numa atitude de benção para com Sua mãe, para quem ele ergue a mão direita.
O ícone encontra-se recoberto com uma lâmina de prata que cobre a figura e as vestimentas, deixando visíveis apenas os rostos da Mãe e do Filho. Sob a cobertura está o desenho cujas cores se conservam perfeitamente, o que se leva a considerá-lo não apenas como uma peça de altíssimo valor religioso, mas também uma verdadeira obra de arte.
A lâmina que recobre a imagem data do século XVII e contém incrustações de diamantes, esmeraldas, rubis, safiras e pérolas, a maior parte dos quais foram acumuladas por diversos doadores que, deste modo, quiseram expressar sua devoção à Sagrada Imagem.
No dia 1 de outubro de 1552, festa da “Proteção da Virgem”, o exército do Czar Ivan, o Terrível, assaltou as muralhas da cidade de Kazan, até então capital do Reino Tártaro. O czar, em ação de graças pela vitória obtida, ordena a construção de uma grande basílica em honra da Mãe de Deus, dedicando-a ao mistério da Anunciação.
No ano de 1579, Kazan foi assolada por um violento incêndio, que destruiu metade da cidade. Enquanto a população se recuperava da tragédia, a Virgem aparece a uma menina de nove anos e manda-lhe escavar as ruínas, porque ali encontraria o Sagrado Ícone.
No dia 8 de julho do mesmo ano, é encontrada entre as cinzas a imagem de Nossa Senhora de Kazan. Trasladada até a Catedral da Anunciação de Kazan, começa a ser objeto de grande devoção religiosa, sendo-lhe atribuídos inúmeros milagres. Ali permaneceu até por volta do ano de 1612, quando fora transportada para a cidade de Moscou.
Em 1790, o Czar Pedro, o Grande, a invoca como “protetora e estandarte” na batalha de Poltava, contra Carlos XII, da Suécia. Após a vitória russa, o ícone é entronizado na Catedral de Moscou, sendo em seguida transferida para São Petersburgo e colocada num Santuário a ela especialmente dedicado.
Na noite de 29 de junho de 1904, durante uma revolta popular, o ícone desapareceu junto a outros tesouros do Santuário. Após cerca de sessenta anos, reapareceu numa exposição de arte nos Estados Unidos. Em 1970, o “Centro Russo Católico de Nossa Senhora de Fátima” o compra.
O ícone então prossegue sua caminhada: é entronizado na Capela Bizantina, em Fátima, Portugal, onde é venerada como sinal de unidade entre o ocidente católico e o oriente ortodoxo.
No início de 1993, o Apostolado Mundial de Fátima transferiu a propriedade e o título de Nossa Senhora de Kazan para a Santa Sé, pertencendo então ao gabinete do Papa. Seguido de uma importante mudança em 2004, quando o Vaticano se despede do Ícone de Kazan e o reenvia para a Rússia.
Em cerimônia de despedida da Imagem pelo Vaticano, Papa João Paulo II compôs uma oração à Virgem.
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