Nossa Senhora, em virtude da Encarnação, pela qual Se torna mãe de Cristo cabeça, torna-Se também mãe do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, e de cada um dos seus membros. O título de Maria, Mãe da Igreja tem raízes nas Sagradas Escrituras e na experiência dos primeiros cristãos, que tinham consciência da maternidade espiritual da Igreja, cujo máximo símbolo é Maria.
Com efeito, os Apóstolos com frequência se referiam aos cristãos como filhos. Assim, por exemplo, São Paulo, escrevendo a Timóteo. Com muita mais razão Maria, a Mãe do Senhor, exerceu e continua exercendo na sua pessoa essa maternidade espiritual da Igreja. Ao pé da Cruz, na passagem conhecida como o testamento espiritual de Jesus, é explicitada essa maternidade de Maria, que Ela exerce para com todos os discípulos do seu Filho, representados naquele momento pelo Apóstolo João.
No século XX, o título de Maria, Mãe da Igreja foi retomado e proclamado solenemente pelo Santo Papa Paulo VI, no seu discurso de encerramento do Concílio Vaticano II, no ano de 1965. O título foi promovido também pelo Santo Papa João Paulo II, que mandou fazer um mosaico, que se encontra atualmente na praça São Pedro, em Roma, a Maria, Mãe da Igreja, como sinal de agradecimento por ter sobrevivido ao atentado à sua vida no ano de 1981.
Mais recentemente, no pontificado do Papa Francisco, foi instituída a memória de Maria, Mãe da Igreja, sempre na segunda-feira depois de Pentecostes. O Decreto da Congregação para o Culto Divino, que estabeleceu tal memória no dia 11 de fevereiro de 2018, afirma que o Papa Francisco “considerou atentamente que a promoção desta devoção pode incrementar o sentido maternal da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, assim como a genuína piedade mariana”.
Finalmente, afirma o Decreto que “a gozosa veneração outorgada à Maria Mãe de Deus pela Igreja nos tempos atuais, à luz da reflexão sobre o mistério de Cristo e sua natureza própria, não podia esquecer a figura daquela Mulher, a Virgem Maria, que é Mãe de Cristo e, ao mesmo tempo, Mãe da Igreja”.
“Imploramos igualmente de todo o coração a proteção da bem-aventurada Virgem Maria, mãe de Cristo, por Nós chamada também Mãe da Igreja, e com uma só voz, um só coração, damos graças e glorificamos a Deus vivo e verdadeiro, a Deus único e sumo, ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém!”
(Papa São Paulo VI, DISCURSO NA ÚLTIMA SESSÃO PÚBLICA DO CONCÍLIO VATICANO II, terça-feira, 7 de dezembro de 1965).
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