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Quando se vê diante de uma situação de perigo, um cavalo empaca. Fica ali, parado e pronto. É uma estratégia de defesa. Só depois que vê o perigo afastado, ele volta a caminhar.
Penso que a situação do Brasil está bem parecida. Nas últimas eleições, por exemplo, a maior parte dos eleitores optaram pelo caminho mais seguro e conhecido, ao votar em Dilma Rousseff. Depois houve mobilização popular para que aquele governo terminasse. O desejo era de que o fim daquele governo poderia significar o fim da corrupção e o início do tempo de travessia para a estabilidade e o crescimento.
Michel Temer assumiu a presidência com a proposta de ser a ponte para o futuro. Só que tal ponte tem sua estrutura construída em anseios bem distantes dos que desejam a sociedade. Diante das propostas de reformas que mexem nas leis trabalhistas e na previdência – mas não na política, o povo ficou impotente. E, com medo, parece que empacou. E este medo é por conta de que uma nova mudança nos rumos do poder político possa piorar as coisas.
É claro que a crise política agrava a recessão econômica. Mas a omissão diante das trapaças legais e manobras jurídicas que condenam uns e inocentam outros, só prolonga a crise. Vão, aos poucos, matando a esperança que faz o povo lutar por seus direitos e pela reconstrução da nossa democracia.
A sociedade está empacada, com medo de se organizar, e até de escolher um lado. Também faltam propostas. Assim, parece que se espera para 2018 uma mudança que coloque um fim em algo que nunca devia ter existido, e que está no modo de fazer política de todos os partidos brasileiros há várias décadas: a velhacaria política que compra e vende apoio com dinheiro público, deixando de lado os interesses da sociedade.
Novas lideranças políticas só vão nascer da luta. E a hora agora exige de todos nós, brasileiros, compromisso com o futuro da nação. Pense bem: o que você pode fazer?
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