Raquel de Godoy Retz Pompeo
Se você fizer essa pergunta a qualquer pai ele dirá imediatamente que sim e pode até se sentir ofendido com tal pergunta.
Ninguém duvida da sinceridade do amor dos pais e de como procurem atender às necessidades de cada um. Mas aí é que começa a questão; as diferenças do que cada um mais precisa marcam “preferências”, ou formas de reagir diferente de cada um dos pais.
A sensibilidade aguçada das crianças ou dos adolescentes chegam a perceber estas diferenças e chamam de “preferências”.
Um exemplo seria a mãe ou o pai que dá mais atenção a um filho que tem alguma dificuldade inicial de fazer novos amigos ou de adaptação, em comparação ao irmão desta criança que é muito extrovertido e que os pais nem precisam apoiar para logo estar cheio de novos amiguinhos.
Outros exemplos percorrem as características dos filhos como: um é mais inteligente que o outro; aquele é mais carinhoso, este dialoga mais sobre os pequenos fatos de sua vida; outro é dócil para fazer lições juntos; outro tem saúde mais frágil, assim por diante.
Sobretudo das mães costumam cuidar mais dos filhos com dificuldades em alguma área da vida.
De forma geral, isso é natural. Há de se cuidar das necessidades individuais.
Porém também é fato que algumas crianças percebem e sentem estas “diferenças de cuidados” e interpretam como um aparente abandono materno ou paterno.
Os pais também têm os seus temperamentos e seus gostos e é normal que combinem melhor com o filho que manifesta os mesmos gostos, compartilhe as mesmas atividades. Mas é preciso tomar cuidado.
Sem que as crianças demonstrem elas estão observando tudo e interpretando da forma que elas entendem. Assim, sem dar a perceber, muitas crianças ficam marcadas por essas “preferências” e podem alimentar uma baixa estima de si mesmos, tornarem-se tímidos, desconfiados, incapazes de uma convivência sadia, enfim bem longe daquilo que uma boa educação costuma construir.
Alerta pais e educadores! Sem amor manifestado na infância, nenhuma personalidade se forma sadiamente. Demonstre seu carinho, mesmo para aquele filhos que aparentemente está tudo bem. Explique seus cuidados e as formas diversas de ser bom pai e boa mãe para cada um deles.
Hoje, na era do filho único, esse discurso de preferência não é adequado. Mas há outro que se exige: o da afetividade concentrada num só. Mas este é outro horizonte.
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