“Seja bem-vindo, meu amigo! Ei corre lá e faz um café”, grita o cigano Jorge Silva Brito, de 38 anos. É uma quinta, 26 de fevereiro de 2015, por volta das 16h30, sob um sol de uns 30 graus.
Foto de: Eduardo Gois / JS
Mulheres da comunidade cigana de Eunápolis (BA)
Galinhas correm soltas, crianças brincam e, logo, toda a família chega. Seu Manuel é o patriarca e recebe os visitantes com muita simpatia. Caminho até uma roda de pessoas que se forma para dar boas-vindas ao jornalista de Aparecida e ao bispo diocesano de Eunápolis, dom José Edson Santana de Oliveira, presidente da Pastoral dos Nômades do Brasil ou simplesmente dom Edson, como é chamado pelos ciganos.
São crianças, adolescentes, adultos, gente de todas as idades. Mulheres com seus lindos olhos claros, vestidos longos, coloridos, que varrem o chão; maquiagem, acessórios e, o melhor, um lindo sorriso no rosto, uma educação invejável, uma vontade de se tornar gente amiga.
Mas a única novidade por ali, naquele momento, é a presença da imprensa, porque dom Edson já é figura cativa na propriedade de seu Manuel, pessoa presente. “Esse aqui é um pai pra gente”, disse Jorge, que veste uma camisa com Nossa Senhora Aparecida estampada, enquanto repousa os braços nos ombros de dom Edson.
Estamos em Eunápolis (BA), 62 Km de Porto Seguro (BA) e 529 Km de Salvador (BA), onde vivem diversos grupos de ciganos da etnia Calon.
Não demora muito e chega o café, um biscoito de polvilho; a fruta-pão já está na panela para ser apreciada com a carne de sol.
Jorge é o que mais gosta de enriquecer em detalhes os fatos que cercam a vida da família que se estabeleceu na localidade em 1994. Ele sente orgulho de ser cigano e dispara: “Nosso referencial é a Igreja Católica, a proteção e a fé e nada tira isso da gente. É o que nos ajuda, é o que nos dá valor”.
Foto de: Eduardo Gois / JS
A religiosidade é marcante nas
famílias ciganas. Em quase todos
os lares visitados, existia um
pequeno altar montado
Ele faz questão de dizer que a vida de um cigano é uma vida sem luxos. Busca-se o necessário para não passar dificuldades, e manter-se na simplicidade é o que vem ditando a vida, junto com os costumes, a riqueza cultural e os valores.
Registros históricos mostram que os ciganos chegaram ao Brasil por volta de 1574. Um decreto do governo português deportava o cigano João Torres e sua esposa Angelina para terras brasileiras por cinco anos. Ao longo de toda a história colonial, a Coroa portuguesa deportou ciganos para o Brasil. No século XVIII, a ordenação de banimento de todos os ciganos para as colônias portuguesas caracterizou o reinado de D. João V.
Chegaram inclusive a acontecer demonstrações públicas de banimento. Embarcava-se, para as colônias, comunidades inteiras de ciganos, como um povo a ser descartado, banido e sem utilidade.
De acordo com dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mapeou oficialmente os acampamentos ciganos no país, encontra-se assentamentos de ciganos em 291 cidades brasileiras e 21 Estados, concentrados, principalmente, no litoral das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, destacando-se o estado da Bahia, com o maior número de grupos. Os dados são registrados por entidades da sociedade civil, prefeituras, governos estaduais e governo federal.
Atualmente, o perfil profissional do cigano brasileiro revela que vive principalmente do comércio de gado, carros, imóveis, sendo que alguns ainda sobrevivem de atividades como a venda de artesanatos, anéis de ouro, bijuterias, comércio de cavalos e outros trabalhos.
Além de uma pluralidade socioeconômica, os ciganos apresentam uma enorme diversidade interna em termos de referências identitárias e étnicas. Aqui no Brasil, são mais facilmente encontrados os grupos Calon, Rom e Kalderash. Porém, de acordo com documentos antigos, é provável que os Calons tenham sido os primeiros a ingressar por aqui no período do Brasil Colônia.
Dom Edson avalia que aqueles grupos que tiveram a capacidade de circular por profissões que não eram tão comuns ao cigano do passado conseguem sobreviver melhor, porém aqueles que não tiveram a flexibilidade de acompanhar mudanças vivem com mais dificuldade, sofrem mais e passam mais necessidades.
Foto de: Eduardo Gois / JS
Ciganas não perderam o hábito
de usar vestidos coloridos e
chamativos. Para elas é uma
honra e mostra o valor do seu povo
Já os mais jovens, após o acesso à escola, à faculdade e aos cursos, começam a ingressar em outras profissões como advogado, professor, biólogo etc.
Os ciganos homens do sul da Bahia, principalmente, já usam calças, bermudas, trocaram as botas pelos chinelos, os chapéus por bonés, os cavalos por carros; já as ciganas preservam a vestimenta tradicional e orgulham-se disso. “Cigana trajada de cigana é sinal de autoestima elevada, que mostra o valor do seu povo”, conta dom Edson.
Há registros de que em todo o Brasil, apenas um grupo de ciganas de Petrolina (PE), após sofrerem muitas humilhações, passaram a se vestir de forma comum e já se descaracterizaram quase que completamente.
Em Porto Seguro, conhecemos também a família do cigano Ronaldo Dantas, que atua no ramo imobiliário. A família dele já passou por outros Estados como Minas Gerais, Goiás e Rondônia, mas sempre volta à Bahia, porque se sentem Baianos. Lá também é onde encontram mais facilidade para o sustento com o comércio de casas e terrenos. “O cigano é um economista nato, a vida dá a faculdade que a gente precisa para sobreviver. Porém já temos ciganos formados, são professores e atuam em outras profissões, mas ainda são exceções.”
Muito a ensinar
É verdade que o cigano do século XXI pode, na aparência, nas facilidades que passaram a usufruir, na tecnologia que aprenderam a manusear, não ser mais o cigano do passado, a não ser na aparência. O celular, a geladeira, a televisão, a casa de alvenaria são confortos que a vida ofereceu. Também se percebe que deixar de ser nômade ou ser seminômade é a melhor opção por questão de sobrevivência. O mundo mudou, eles, em sua maioria, cansaram de ser enxotados, expulsos, de sofrer ameaças e humilhações. Mas o essencial ainda está guardado neles e, infelizmente, para o resto da sociedade o que tem de mais belo é totalmente invisível aos olhos ou meramente ignorado devido ao preconceito.
Dom Edson afirma que eles têm muito mais a nos ensinar do que nós a eles. A estrutura familiar deles nunca muda e é envolta em valores e bonitos elementos que a sociedade perdeu e eles conservam. Pode-se elencar alguns como:
Dimensão familiar: O cigano sem família não sabe viver. “Cigano não tem saudade. Vai e se esquece dos lugares por onde andou, porque, quando muda de cidade, vai marido, mulher, filhos, avó, avô, o papagaio, o cachorro; leva tudo e todos. Cigano não sabe viver sem família”, afirma dom Edson.
Matrimônio é sagrado: A maioria dos ciganos casam-se na adolescência. Uma curiosidade é que a tradição indica que o homem cigano pode casar com uma mulher não cigana, mas a mulher cigana não pode se casar com alguém que não pertença a etnia.
Foto de: Eduardo Gois / JS
Dom Edson durante visita a uma família de Eunápolis (BA)
Também não se passa na cabeça de uma mulher cigana não se casar virgem. Para elas é um valor e uma honra.
Outro ponto importante é que mesmo com a rejeição por parte de alguns padres, eles buscam a bênção do matrimônio, muitas vezes recorrendo até a Igrejas Evangélicas quando são rejeitados.
Zelo e cuidado com os filhos: Filho de cigano não é jogado na rua e não se cria na rua.
Na cultura cigana não existe medo de ficar velho: Quanto mais velho, mais se adquire sabedoria e respeito e todos se voltam para o patriarca da família. “Não existe velho, cigano em asilo. São qualidades bonitas que a sociedade perde e eles preservam”, explica dom Edson.
Cigano é cidadão
A família de seu Manuel e outras visitadas em Eunápolis e em Porto Seguro unem-se por causas que são muito importantes para eles. Hoje a principal luta é a de serem reconhecidos como cidadãos e mostrar para o resto da sociedade que o único erro é o juízo de valor que as pessoas fazem. Os ignorantes, na verdade, somos nós e não eles. Mas nem sempre foi assim.
Dom Edson conta que antes da Pastoral dos Nômades, principalmente, os ciganos achavam que não tinham nenhum valor e nenhum direito, mas a Igreja empenhou-se em montar a Cartilha do Povo Cigano, para mostrar alguns pontos na Constituição que dá direito às minorias. “Há ciganos no sul, por exemplo, que montaram o seu próprio negócio, filhos estão na escola e participam do conselho municipal da merenda escolar. Eles se reconheceram e se identificaram como cidadãos, além disso não adianta falar de Deus para eles, sem eles se quer saberem que são gente. Depois disso é que se evangeliza”, explica o bispo.
A cartilha, que hoje é carregada no bolso por muitos ciganos, esclarece sobre direitos constitucionais e direitos das minorias, como a não discriminação, direito de ir e vir, direitos culturais, participar de políticas sociais como SUS, aposentadoria por idade, bolsa família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), registro civil, certidão de nascimento etc.
Foto de: Eduardo Gois / JS
Dom Edson, referencial para
Pastoral dos Nômades, bispo
de Eunápolis (BA), luta
pessoalmente pelos direitos
e faz questão de ser presença
evangelizadora entre o povo cigano
Com o conhecimento, o apoio e a vivência da cidadania, eles agora não são mais tão facilmente enganados e sabem lutar pelos interesses. Houve casos em que policiais locais abordavam os ciganos e davam vós de prisão, sem portar mandado; hoje eles já têm a ciência de que nenhum policial pode prender sem mandado de prisão, como também a polícia já está mais tolerante com as diferenças.
Passados mais de 20 anos em que o senhor Manuel habita em Eunápolis, hoje se considera respeitado. “Eu sou amigo de todos aqui da redondeza. Dizem que aqui é perigoso, mas eu durmo com tudo aberto e ninguém bole nos meus trens”, explica.
Eles atribuem as mudanças também à relação de respeito. “Quem quer respeito, respeita. É o que nós fazemos, porém ai de nós do extremo sul da Bahia se não fosse a Igreja e o dom Edson. Somos fortalecidos, graças a isso”, diz Jorge.
“Eu queria que nós fossemos mais reconhecidos em nosso país, somos ciganos com muito orgulho e honra, mas antes disso somos brasileiros, mas as autoridades só fingem que reconhecem. Somos ciganos e brasileiros, obviamente que todas as classes, todos os povos têm seu lado bom e ruim, existem ciganos que realmente são ladrões, mas a maioria não é. O importante é não generalizar. Queremos que não saia mais nos jornais que os ciganos são ladrões, mas que o cigano fulano de tal é ladrão”, indigna-se.
Entendendo a Pastoral dos Nômades do Brasil
Nem só para ciganos é a luta da Pastoral dos nômades no Brasil, o empenho continua com circenses e parquistas que circulam por todo o território nacional e busca-se fazer um serviço da Igreja que procura desenvolver suas atividades no meio nômade, visando à promoção humana e cristã das pessoas. A Pastoral aqui no Brasil ainda é pequena, mas a luta é grande e começou a partir de uma aclamação do Papa Paulo VI numa romaria cigana por ocasião do ano jubilar em 1975, já são 50 anos passados.
“Poderíamos dizer que a Pastoral dos Nômades iniciou quando, em algum lugar do vasto território brasileiro, um sacerdote ou outro membro da comunidade soube acolher, compreender e atender um irmão nômade pela fé. Isso já era pastoral. Mas, oficialmente, a Pastoral teve seu início em 1985, quando o então Bispo de Caxias do Sul, dom Benedito Zorzi, trouxe da Itália o padre Renato Rosso, possuidor de uma grande experiência mística de caminhada com os nômades, tentando assim organizar a Pastoral”, detalha dom Edson.
Ele explica que, em 1987, aconteceu o primeiro encontro Nacional, foi o primeiro momento de organização, então, fez-se uma carta circular perguntando as dioceses se existiam ciganos dentro de seus territórios e se alguém se fazia presente.
Foto de: Eduardo Gois / JS
Zanata Dantas é membro do
conselho da Pastoral dos Nômades
Atualmente, a pastoral pertence ao Pontifício conselho para Pastoral dos migrantes e itinerantes. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) faz parte da Comissão Episcopal para justiça e paz, setor mobilidade humana.
Hoje a pastoral atende apenas uma pequena parcela daqueles que mais necessitam. “Há lugares com trabalhos bonitos, como Trindade (GO), no Santuário do Divino Pai Eterno, onde dão muita assistência aos ciganos. Os ciganos se identificam muito com santuários, porque se veem livres, chegam a um lugar onde tem muita gente e podem se ajoelhar sem ninguém para vigiar; pois se chegam a uma paróquia os padres são os primeiros a olhar estranho. São anônimos na multidão. Isso alimenta a religiosidade”, conta.
Dom Edson aponta o acolhimento como um dos principais desafios. Eles vêm mais a Igreja, do que a Igreja a eles; não sei porque os ciganos ainda são católicos, pois em muitas paróquias eles são rejeitados. “Os padres têm muito preconceito, os ciganos são o povo da sombra, vê-se, sabe-se que existem, mas não querem aproximação. É um povo rejeitado da sociedade e pela própria Igreja; são muitos os desafios. Ele cita iniciativas marcantes, como o dia em que o papa emérito Bento XVI promoveu um encontro entre ciganos universitários católicos. “Uma jovem cigana da Espanha disse: ‘não vamos pagar à sociedade com a mesma moeda. Vamos mostrar que além dos nossos limites, temos nossas qualidades’.” No Vaticano também ouve um encontro com mais de 600 padres, religiosos e filhos de ciganos do leste Europeu. Também há notícia de um cigano que se tornou monge Beneditino. “Até no céu os ciganos conseguiram chegar, veja que ciganos têm santos, não têm só aqueles que a sociedade enquadrou como sujos, ladrões”, diz dom Edson referindo-se ao beato cigano Zeferino Gimenez Malla.
Na avaliação de dom Edson, hoje a pastoral é uma gota de água dentro do oceano. “Eu tenho apenas um padre para me ajudar no Brasil inteiro, fora isso, há padres, religiosos e leigos que por boa-vontade nos ajudam.”
Os desafios pastorais
Ronaldo Dantas conta que a intolerância também chegou até mesmo nas crianças que frequentam a escola e já sofreram bullying por serem ciganas. A educação ainda não está preparada para ensinar às crianças respeitarem as diferenças, porém ele afirma que, apesar de todo o preconceito e constrangimento que já passaram, a vida hoje está melhor, graças a Pastoral.
Foto de: Eduardo Gois / JS
A família de Seu Manuel e outras visitadas em Eunápolis
e em Porto Seguro unem-se por causas muito importantes
a eles. Hoje a principal luta é serem reconhecidos como
cidadãos
Zanata Dantas é irmão de Ronaldo e membro do Conselho da Pastoral dos Nômades e está se preparando para ir a Roma representar os ciganos do Brasil na comemoração dos 50 anos da Pastoral. Também já participou de um congresso de Pastorais da Mobilidade Humana, realizado no Panamá em 2014. “A Pastoral para os ciganos foi uma bênção de Deus, pois desmitificar os ciganos era algo quase impossível, mas o trabalho da pastoral deu a visibilidade de que precisávamos”, relata.
Ele partilha que a partir da pastoral é que se começou a colocar as crianças ciganas para estudar, participar mais da Igreja. “A acolhida da Igreja, principalmente para nós ciganos Calons, tem sido uma glória de Deus. Nós vivíamos fechados, tudo na vida era uma articulação, hoje estamos mais fixos, praticamente não viajamos; o cigano quando viaja é por necessidade, quando a sociedade não dá apoio e expulsa, vamos embora.”
Zanata também lembra que na medida em que são mais conhecidos e as pessoas observam que não são aquilo que falam outra consciência vai se criando. “O cigano vivia em situação precária, não existia apoio, éramos empurrados de cidade em cidade; hoje vencemos esses desafios, pois conhecemos os nossos direitos e um deles é o de se fixar, adquirir a terra, de ter as crianças na escola. Se fixar hoje é uma boa opção para o desenvolvimento, principalmente para a cidadania; continuamos sendo ciganos, mas agora com o conhecimento. O cigano não deixa de ser cigano por se fixar e estudar, pois adquire-se a razão do existir, antes não sabíamos de nossos direitos. Temos de nos mostrar ciganos, nós nos orgulharmos e somos cidadãos. Discriminação é crime. A verdade sempre prevalece, jamais devemos nos recolher. Vamos sempre lutar por nossos objetivos”, orgulha-se.
Observando todo esse contexto é notório que ciganos, parquistas e circenses, na linha religiosa, carecem das mesmas necessidades Talvez, o maior desafio da Igreja é ensinar como chegar até esse povo tão sofrido. Padres, religiosos, religiosas, leigos e movimentos da Igreja não deveriam esperar que, para ajudar um irmão, fosse necessário um puxão de orelha, mas sim cada um ter a sensibilidade e o bom senso de ir ao encontro e se interessar pelos irmãos e suas necessidades. O Documento nº 2 da CNBB ensina orientações para uma pastoral dos ciganos.
O dia do cigano
“Hoje é lembrado o dia do Índio, dia da secretária, dia da vovó, dia de tudo quanto é coisa, mas ninguém lembra o dia do cigano. Você sabe qual é?”, questiona seu Manuel.
Foto de: Deniele Simões / JS
Dom José Edson, bispo de Eunápolis, é o referencial
para a Pastoral dos Nômades. Ele é presença cativa
entre os ciganos
Um dos tantos benefícios que a Pastoral dos nômades trouxe foi o de instituir o dia nacional dos ciganos, comemorado oficialmente no Brasil no dia 24 de maio, que foi comemorado pela primeira vez em 24 de maio de 2007, com uma programação especial da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Naa ocasião, foi lançado o carimbo e o selo cigano, pelas Empresas Brasileiras de Correios e Telégrafos (ECT), também foi feito o anúncio da Cartilha de Direitos da Etnia Cigana, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
O Dia Nacional do Cigano foi instituído em 25 de maio de 2006 por meio de decreto assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reconhecimento à contribuição da etnia cigana na formação da história e da identidade cultural brasileira. Em 8 de abril é comemorado o Dia Internacional dos Ciganos (International Roma Day), que são a minoria étnica na Europa, perfazendo 8 milhões de pessoas. O Dia Internacional dos Ciganos foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1971, por meio de ampla campanha liderada pelo ator americano cigano Yul Brynner.
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