Crédito: Thiago Queiroz
Com o espírito missionário, dom Orlando Brandes se prepara para a missão que o aguarda em Aparecida (SP). Com referências a Papa Francisco, o novo arcebispo traz no coração o desejo de ser um pastor com o cheiro das ovelhas, de estar em meio aos devotos e ao povo de Deus, que edifica a arquidiocese. Em um ano tão significativo para a Igreja em todo o Brasil, com a celebração dos 300 anos do encontro da Imagem nas águas do Paraíba do Sul, o pastor chega ao maior Santuário mariano do mundo com o ardor de semear e colher muitos frutos.
Dom Orlando foi nomeado em 16 de novembro pelo Santo Padre e toma posse no próximo dia 21 de janeiro, no Santuário Nacional. Com um discurso simples e pastoral, o bispo sublinha que quer estar no meio do povo, tomando como norteador as recomendações do Santo Padre, o qual coloca que os bispos não podem ter tipologia de príncipe, nem mentalidade de privilégio, mas serem pastores do povo.
Sobre a notícia da nomeação, o religioso afirma que recebeu como um sinal da vontade de Deus, ao mesmo tempo, como um chamado do Santo Padre e uma convocação da nunciatura apostólica. Para ele, o fato de a nomeação ter acontecido no Ano Extraordinário da Misericórdia apresenta-se como um gesto misericordioso de Deus a ele, e, assim como a Mãe do Salvador, ele se coloca a serviço, afirmando que o Senhor olhou a sua pobreza e pequenez diante dessa nomeação.
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“Com consciência da responsabilidade pessoal, das minhas limitações e de que é Deus quem conduz nossa vida e coloca pastores à frente do rebanho, como melhor lhe convém, estou convencido de que não estou indo para Aparecida nem por mérito, nem por acaso, nem por coincidência, mas por misericordiosa providência de Deus. Ele é o Senhor da história e é quem concede à Igreja o que melhor convém. E assim me entrego nas suas mãos, pedindo a Nossa Senhora Aparecida a graça de peregrinar pelos seus itinerários.”
A expectativa do novo pastor de Aparecida é aprender com a história da arquidiocese, desde a fundação em 1958, até os dias atuais. Ele ressalta que os primeiros passos serão respeitar esta caminhada de quase 60 anos, ouvindo as pessoas e conhecendo bem os sacerdotes, aproximando-se deles, bem como dos missionários redentoristas e do povo de Deus. Dom Orlando ainda ressalta a riqueza muito grande da presença da vida consagrada em Aparecida, composta por aproximadamente 168 religiosos e religiosas.
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O bispo diz que um pastor em Aparecida deve olhar para os pequeninos, para as 18 paróquias e para o clero arquidiocesano, além das dioceses da Província, que contemplam as cidades de Taubaté (SP), São José dos Campos (SP), Caraguatatuba (SP) e Lorena (SP). “Quero estar no meio do povo peregrino e aprender com esse povo. Quero ser, no meio dos missionários, um bispo missionário”, acrescenta.
O episcopado se sente agraciado por Deus tê-lo designado para essa jornada, no ano em que Aparecida celebra seu Tricentenário. Ele contextualiza o momento fazendo analogia com as palavras de Paulo, “uns plantaram e outros colherão”, referindo-se ao trabalho que vem sendo realizado pelo cardeal dom Raymundo Damasceno Assis e pelos missionários redentoristas. O bispo estende os agradecimentos também aos colaboradores do Santuário e ao povo de Deus da arquidiocese, que também caminham juntos para concretizar essa grande festa.
“De certa maneira, cabe-me colher tudo isso que foi plantado, mas fazer também frutificar. A partir dos 300 anos, tiraremos algumas linhas de pastoral, confirmando aquilo que é bom e clareando novos horizontes. Olho também para depois da festa dos 300 anos. É um sentimento que esse Tricentenário nos dará linhas pastorais e espirituais para o futuro”, acredita.
Desde pequeno, dom Orlando já se demostrava um fiel devoto à Mãe Aparecida. Já esteve por várias vezes na Basílica e afirma ter uma espiritualidade e um carinho muito especial para com o carisma que denomina como “Aparecida”. Como arcebispo da diocese de Joinville (SC), realizou uma peregrinação com toda a arquidiocese ao Santuário Nacional. Já em Londrina (PR), trouxe o clero para vivenciar a espiritualidade mariana na Basílica. Participou da 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano (Celam), em Aparecida, no ano de 2007, como delegado, ao lado do então cardeal Bergoglio. Por duas vezes, já esteve como pregador durante a Novena da Padroeira e já foi diretor espiritual de um retiro direcionado ao clero, na arquidiocese de Aparecida.
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