Por Pe. Rodrigo Arnoso, C.Ss.R. Em Revista de Aparecida

A celebração do Natal do Senhor e a Piedade Popular


Representação do primeiro presépio feita por Giotto


A cada ano a Igreja é chamada a celebrar, por meio da liturgia e de atos de piedade popular, a encarnação do Verbo de Deus. Na plenitude dos tempos Deus não mais falou pelos patriarcas e profetas, mas Ele mesmo, pelo seio de uma jovem virgem, veio ao encontro da humanidade. Por meio de seu Filho Jesus, ele armou sua tenda e nos revelou seu plano de salvação.

No ato da encarnação contemplamos a grande novidade do amor de Deus por sua criação. Esse foi o método que a Santíssima Trindade escolheu para nos salvar. Por isso, não é por acaso que todos os anos recordamos a primeira vinda de Jesus. Nela acolhemos o Pai que nos abraça em sua misericórdia infinita. Todavia, celebramos também sua segunda vinda e, desse modo, nos fazemos vigilantes na oração, a fim de que o Senhor não nos encontre despreparados na fé, no dia do seu retorno.

Neste tempo, além da oração litúrgica, ao menos três gestos da piedade popular nos ajudam a celebrar tão grande mistério, a saber: o presépio, a novena de natal e a festa de reis.

O presépio nos remonta a São Francisco de Assis, que o armou pela primeira vez, com o intuito de ajudar os pobres por ele assistidos a celebrarem o mistério da encarnação. O pobre santo de Assis fez os pequeninos de seu tempo e nos ensina hoje a nos vermos entre aqueles a quem o Senhor se revelou por primeiro.

Ainda outras duas formas de celebração populares precisam ser recordadas: a novena de natal e a folia de reis. Durante os nove dias que antecedem o Natal do Senhor a comunidade se coloca em oração, procurando meditar os momentos que antecederam a chegada do menino Deus entre nós. Após seu nascimento a comunidade também lembra da visita dos magos a Jesus e o desejo de Herodes em matar o menino. Todavia, os planos de Deus não são os mesmos planos dos homens. Sob os cuidados do Pai, Maria e José, Jesus estará protegido da morte, para cumprir sua missão.

Esses e outros gestos nos ajudam a entender e a celebrar que Deus, nos seus mistérios, sempre se revela como promotor de Redenção. Desse modo, celebrar o Natal do seu filho é recordar seu grande amor pela humanidade, por isso se revela como Salvador.

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