A chuva de Pentecostes que rega toda a Fachada Sul começa a fecundar esta terra no mosaico que está na rampa de saída da sala das confissões. Essa imagem remete à profecia de Isaías segundo a qual o deserto florirá (Is 35,1-2) e o toco seco (Is 6,13) que restou da poda se tornará a muda de uma nova vida. Contemplando essa imagem, sobretudo logo depois de celebrar o sacramento da reconciliação, cada um de nós pode reconhecer dentro de si esse gérmen de vida verdadeira que brota da gratuidade do Senhor.
Logo depois, do outro lado do corredor que liga os dois braços da colunata, essa profecia de Isaías vai tomando corpo: ali está o próprio profeta com o rolo da Palavra nas mãos, e nele vemos Maria que gera a humanidade do Filho de Deus e a oferece a nós. “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado Emanuel, Deus conosco” (Is 7,14). É a intuição que o Espírito semeia no coração do profeta, séculos antes do nascimento de Jesus.
Do outro lado da parede, cumpre-se a profecia: os céus orvalham na liberdade do sim de Maria de Nazaré, que ao receber o anúncio do anjo acolhe a Palavra de Deus com generosidade (Lc 1,26-38). Em suas mãos vemos um novelo de lã, porque agora ela passa a tecer a carne da Palavra dentro do seu ventre. A mesma Palavra é dirigida também a José, que em seus sonhos é inspirado por Deus a acolher Maria e o menino que ela concebeu (Mt 1,20-21), e a partir com os dois para salvar a vida do bebê (Mt 2,13-15). Ele assume, assim, sua vocação de guardião. Com o sim desses dois jovens, irrompe no meio de nós o mistério da encarnação.
As fachadas do Santuário nos revelam a Palavra de Deus em formas e cores
A primeira imagem da lateral direita da Fachada Sul nos mostra o martírio de João Batista descrito em Marcos 6,17-29 e o martírio de Tiago Maior.
A ressurreição do Senhor
Maria Madalena no jardim da ressurreição, a samaritana junto ao poço e a protagonista do Cântico dos Cânticos são todas anunciadoras do mesmo mistério: o amor é mais forte (cf. Ct 8,6).
A descida aos infernos
Jesus assumiu plenamente nossa condição de finitude: vivendo a morte como testemunho de amor, iluminou-a por dentro e tirou-nos do seu poderio.
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