Revista de Aparecida

A Ressurreição do Senhor é a razão da esperança cristã

Escrito por Pe. Eduardo Catalfo, C.Ss.R.

31 MAR 2025 - 07H00

Na origem da fé cristã está a certeza da Ressurreição de Jesus Cristo, amplamente confirmada por todos os autores do Novo Testamento. O primeiro anúncio dos apóstolos do Senhor não se cansa de repetir a verdade mais fundamental do cristianismo: Deus ressuscitou Jesus dos mortos e nós somos suas testemunhas (cf. At 2,32).

O mistério pascal de Cristo nos faz pensar que nenhum de nós foi criado para a morte: Deus nos cria para a imortalidade porque Ele próprio não é o Deus dos mortos, mas o Deus vivo e vencedor. Ele nos cria para a plenitude da vida, como afirma Jesus de si mesmo: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

A tradição de fé da Igreja nos ensina que a Ressurreição de Jesus é o princípio da nossa própria esperança. Vida e Ressurreição são elementos essenciais da fé católica. Desde os primórdios, a Igreja proclama que paixão e morte de cruz são caminhos que conduzem à glória da ressurreição e da vida divina que está por vir. Pedro descreve a glória da ressurreição como fonte de esperança e alegria: por meio da Ressurreição de Jesus, Deus nos oferece uma esperança viva, que não se mancha nem murcha (cf. 1Pd 1,3-4).

Somos peregrinos da esperança, somos Família dos Devotos!

As duas basílicas de Aparecida são Igrejas jubilares. Convidamos você, querido devoto, a visitar Nossa Senhora e seu Santuário. Seja peregrino da esperança e celebre conosco a alegria da Ressurreição do Senhor. Durante todo o Ano Santo de 2025 estaremos de corações e portas abertos para acolher você e sua família. Alcançamos aqui, na Casa da Mãe Aparecida, a graça da misericórdia, do perdão dos pecados, da indulgência plenária.

Ao fazer parte da Família dos Devotos, nos unimos a tantas outras pessoas que generosamente se empenham na construção da esperança por um mundo melhor e mais feliz para todos. Participe da nossa alegria e seja você também um tijolinho vivo nesta bonita obra de ternura e de cuidado dos pobres. As obras de educação e de assistência social do Santuário constroem vida e cidadania, sinais de ressurreição e de caridade.

1700 anos da celebração do Concílio Ecumênico de Niceia

O Jubileu da Esperança coincide com o aniversário do primeiro grande Concílio da Igreja, realizado no ano de 325, em Niceia, não muito longe da cidade onde hoje é Istambul, na Turquia. Desde o tempo dos Apóstolos a Igreja de Cristo é sinodal e se reúne em assembleias para tratar de questões doutrinais e disciplinares. O Ano Jubilar também é oportunidade para avançar no jeito de ser sinodal, fazendo crescer a participação na Igreja e atendendo melhor às exigências pastorais e à urgência da evangelização.

Niceia preservou a unidade, então seriamente ameaçada pela negação da plena divindade de Jesus Cristo e da sua igualdade com o Pai. Esse Concílio, iniciado no dia 20 de maio de 325, destaca que Jesus é verdadeiramente Deus. A fé nicena é um marco na história da Igreja, reconhecendo que Jesus é «consubstancial ao Pai». Ou seja, reconhecendo que Jesus tem a mesma natureza, o mesmo ser de Deus-Pai porque Jesus é igual a Deus. A fé de Niceia é também um convite a todas as Igrejas e Comunidades eclesiais para avançarem rumo à unidade visível. O Concílio de Niceia também estabeleceu a data da Páscoa.

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