Ser solidário significa ser bondoso com o outro, tratando-o como um irmão e ajudando-o a solucionar suas necessidades, sem esperar uma retribuição. Nesse sentido, a fé nos faz ter os olhos sensíveis às misérias humanas, clarificando-nos para o essencial: o quanto, de alguma maneira, podemos ser próximos de alguém, como na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,30-37).
Leia MaisNono dia da Novena da Padroeira celebra a Família dos DevotosSob esse viés, o Papa Francisco nos motiva para uma cultura do encontro e da proximidade, que supere a cultura do confronto, do descarte, do isolamento e da desconfiança (cf. Fratelli tutti, 2020, n. 30).
As nossas paróquias, pastorais e os movimentos podem ser uma escola onde se aprende constantemente a ser solidário e caridoso, frutos da fé, e a “fazer o bem sem olhar a quem”.
Desse modo, qualquer ação pastoral e evangelizadora precisa suscitar isso nas pessoas. Mas será que entre nós estamos sendo pessoas que facilitam e testemunham a caridade e a solidariedade? É preciso conversão de mentalidades e (re)organização de estruturas, seja no nível eclesial, em nossas comunidades, ou no nível social, em nossas cidades.
Um exemplo disso, no nível social, temos o trabalho do “Assistente Social”, cuja data comemoramos no dia 15 de maio. Tais profissionais, de modo geral, acompanham e implementam políticas públicas, serviços ou projetos sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade. A Assistência Social ocupa uma das três posições da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e a Previdência Social. Por meio de uma atuação em rede, ela tem ênfase nas perspectivas de direitos, legislações, minimização da pobreza, justiça social, equidade e emancipação plena do indivíduo.
No Brasil, em 2011, foi criado o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que garante a execução da política pública de forma organizada, sistematizada e descentralizada em nossas cidades. Elas são obrigadas a executar essas políticas, pois recebem financiamentos dos governos federal, estadual e municipal, cuja capacidade de atendimento varia de acordo com o número de habitantes de cada município.
Como podemos ver, uma ação social se difere do “assistencialismo”, que busca prover uma necessidade momentânea, sem criar um vínculo com a pessoa assistida. Pelas leis vigentes, a política pública de assistência social é um importante modo de garantir uma Política que, de fato, proteja e concretize os direitos sociais dos cidadãos. Assim, a nossa gratidão aos Assistentes Sociais, pela vocação de se fazerem próximos dos mais necessitados com ética e justiça, a partir de seus nobres trabalhos.
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