Por Raquel Mendes Gaudêncio
Junto à cruz de Jesus, encontramos Maria. Ele inclina a cabeça e entrega o espírito (Jo 19,30). Ela, coração dilacerado, lágrimas nos olhos, sofrimento na alma. Alguns dos sentimentos de uma mãe, ao olhar para o corpo inerte do filho amado. Maria acompanhou a derradeira trajetória do seu filho, as acusações injustas, traição (Mc 14,10), prisão (Mc 14,48), flagelação (Jo 19,1), carregando a própria cruz, com a qual seria crucificado (Jo 19,17). A profecia de Simeão (Lc 2,33-35), uma espada transpassará sua alma, ecoa em seu pensamento. Ela compreende o verdadeiro sentido dessas palavras.
Maria compreendeu e testemunhou um avançar na peregrinação da fé, que abarca duas atitudes, abandono e confiança em Deus. Na Anunciação (Lc 1,26-38) ao ouvir o anúncio do anjo Gabriel e discernir quais eram os planos de Deus para sua vida, Ela aceita a missão que lhe foi confiada. “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra.” O “Sim” que se dá ao Senhor é acompanhado da certeza de que Ele estará presente em todos os momentos. Não temas Maria.
Assim, quando se faz necessário testemunhar a fé, Ela permanece ali, de pé junto à Cruz (Jo 19,25). Consegue essa força porque acreditou no que lhe foi dito da parte do Senhor e, por isso, tornou-se bem-aventurada (Lc 1,45). A esperança dos que creem que o Deus gerador de vidas vence a morte! Diante de todas as dificuldades, injustiças, dores e sofrimentos, peçamos essa fé inabalável, que mantém acesa a chama da esperança em um novo céu e uma nova terra.
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