
Fortemente marcado pelo apelo à conversão, o tempo da Quaresma convida os católicos a práticas de penitência e ao sacramento da Reconciliação, por meio da confissão.
“É um sacramento que vem ao encontro de nossas fragilidades. Ele é um sinal da misericórdia de Deus, que temos necessidade de buscar”, contextualiza o missionário redentorista, padre Antônio Agostinho Frasson.
Caracterizada pelo desejo de conversão e pelo arrependimento, a confissão pode ser realizada por todos os fiéis católicos batizados que tenham atingido a idade da razão e deve ser feita ao menos uma vez ao ano (cf. CIC,1457).
“Ele exige de quem procura o sacramento a humildade, a sinceridade e buscar de se livrar do pecado, do simples ao mais profundo”, instrui o religioso.

A Reconciliação é um dos sinais do Jubileu, onde “o homem encara de frente os pecados de que se tornou culpado; assume a sua responsabilidade e, desse modo, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, para tornar possível um futuro diferente” (CIC, 1455).
Além disso, é um dos requisitos para a obtenção da Indulgência plenária oferecida pelo Papa durante este período.
“O Ano Jubilar é um ano específico, sempre de vinte e cinco em vinte e cinco anos, sempre lembrando do Deus da misericórdia. Jesus é o enviado do Pai misericordioso e Ele é sinal desta misericórdia”, explica o sacerdote. “É um ano que nos dá uma esperança muito grande, além de ser um convite àqueles que professam a fé para ajudar o mundo a melhorar”.
Em Aparecida, os confessionários são um dos locais mais procurados pelos peregrinos. Mensalmente, cerca de 28 mil romeiros são atendidos pelos Missionários Redentoristas, que diariamente realizam uma missão exigente.
“É um sacramento que o padre tem que estar totalmente disponível. É um trabalho pesado, mas que nos faz tirar um fardo das costas e da consciência do outro pela misericórdia de Deus”, afirma padre Frasson. “Aqui é o trabalho mais forte e mais pesado, uma dedicação que o padre tem que ter para que a pessoa vá em paz e não peque mais”.
O religioso fala com experiência. Dos seus 51 anos de sacerdócio, 48 são desenvolvidos na Capital da Fé. Neste tempo, pôde presenciar diversos testemunhos de reconciliação e conversão.
“No confessionário a gente vê que é um momento de graça de Deus mesmo. A pessoa estava sem rumo, totalmente perdida, e de repente ela repensa sua vida, desperta para pegar firme no rumo certo”, relata.

Nathan Abreu pôde experimentar na alma o mesmo sentimento. Aos 16 anos, se converteu à Igreja Católica durante uma vinda a Aparecida em 2023 para a apresentação da banda de música que faz parte.
“Eu via uma multidão de joelho, chorando e apresentando os seus pedidos a Virgem Maria. Eu pensava: ‘Por que estão todos assim? O que tem de extraordinário lá? É apenas uma imagem!’”, rememora o jovem.
“Quando finalmente me aproximei e vi aquela pequenina imagem da Nossa Senhora Aparecida, eu caí em lágrimas. Senti um amor tão grande, que era como se ela me abraçasse. Tudo estava em paz e pude compreender a excelência e grandiosidade da Mãe de Jesus”.
Foi a partir daí que, junto com seu maestro, passou a estudar sobre a Igreja, sem que nunca antes tivesse conhecido a fé católica. “Em 2024, fomos novamente fazer uma apresentação da banda em Aparecida. Já com a mente formada e livre de qualquer dúvida, passamos de novo diante da imagem. Para minha surpresa, senti o mesmo da primeira vez”, lembra Nathan.
Atualmente, o jovem se prepara para receber o sacramento da Crisma, atuando na Paróquia São José, em Muzambinho (MG), como acólito. “Nossa Senhora Aparecida foi a chave que foi inserida na minha vida, a que eu precisava. Abri o coração para ela e senti a minha fé em um nível que jamais imaginaria. Nossa Senhora pode, com graça e profundo amor, ajudar a humanidade no despertar da fé”, constata.
Também para ele, o Jubileu da Esperança está sendo vivido com intensidade. “Neste Ano Jubilar, vivo cada domingo, cada missa, como únicos. Descubro cada vez mais as belezas da fé católica e em especial estou ansioso pela Quaresma, Semana Santa e Páscoa. Este é o meu primeiro ano de fato que vivo a fé católica”, confessa.
Assim como Nathan, muitas outras pessoas redescobrem, em Aparecida, a beleza da fé. Em sua Basílica, Maria nos aponta Jesus, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6), repetindo sempre o mesmo convite: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Aproveite sua peregrinação ao Santuário Nacional e “deixai-vos reconciliar com Deus” (2 Cor 5,20). As confissões são atendidas no subsolo da Basílica em diversos horários. De segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 14h às 16h. Aos sábados, das 7h30 às 11h e das 14h às 16h45. Aos domingos, das 7h30 às 11h e das 14h às 16h.
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