“Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho!”

Hendrick van Balen - Wikimedia Commons

Na aliança com Abraão e descendência, de os fazer uma bênção para “todas as famílias da terra”, Davi já estava incluído.

Ao tempo desse rei, Deus ainda não tinha Seu templo em Jerusalém. E Davi sente apelo de o construir: “Eu moro num palácio de cedro”; e a arca de Deus, “debaixo de uma tenda” (2Sm 7,2). Mas, Deus rejeita sua ideia (v. 5-7). Deus é que dará uma casa, uma família real a ele: “Eu estabelecerei para sempre seu trono real” (v. 13b).

Era uma nova aliança de Deus. Retomava seu sonho de Criador: que a partir de Davi e descendência, Ele tivesse imagens-semelhanças Suas, como Sua família na terra: “Eu serei para ele um pai, e ele será para mim um filho” (v. 14a).

Essa dinastia durou séculos. Deus sempre fiel, o Pai dos reis davídicos e do Povo que governavam. Mas, faltava que esses reis e o Povo vivessem a divina filiação: “e ele será para mim um filho!”

Jesus a realiza: “conceberás em teu seio e darás à luz um Filho e lhe porás o nome de Jesus. “Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai, “e ele reinará para sempre na casa de Jacó. E seu reino não terá fim” (Lc 1,31-33). Só a ele cabem estas palavras, “a qual dos anjos Deus jamais disse: ‘Tu és meu Filho, eu hoje te gerei’? Ou ainda: ‘Eu serei para ele um Pai, e ele será para mim um Filho’?” (Hb 1,5).

O rei é a cabeça do corpo, dos membros, do Povo. Jesus, nossa Cabeça, vive esse sonho do Pai. Cabeça-fonte dessa mesma vida para todo o Corpo. Então, que nós-Corpo assimilemos sempre mais a Cabeça, façamo-nos sempre mais semelhantes a Ela na vida e missão: “vivendo segundo a verdade da caridade, cresceremos de toda maneira em direção Àquele que é a Cabeça, o Cristo, “do qual todo o Corpo recebe coordenação e coesão” (Ef 4,15-16a). E com Ele, seremos a bênção para a humanidade!

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