Quem entra pela primeira vez na Basílica de Aparecida nos dias de hoje pode não imaginar, mas há 25 anos o espaço sagrado do templo era bem diferente. As paredes ainda apresentavam a alvenaria sem revestimento, o altar apresentava um carpete azul e o Trono da Imagem de Nossa Senhora Aparecida era pequeno, quase imperceptível dentro da grandiosidade do Santuário.
Diante do desafio de realizar o acabamento interno da Basílica que, em 1999, nasceu a Família dos Devotos. Foi graças à generosidade de milhares de pessoas que, em 2001, finalmente o projeto de revestimento do Santuário começou a tomar corpo com a construção do Altar Central.
“Aquele foi um trabalho complicado, feito com muito cuidado”, relembra José Marinho que, na época, era um dos encarregados de obras da Basílica.
Para inserir a pesada Mesa do Altar, de 3,5 toneladas, foi preciso realizar uma operação especialmente preparada para a ocasião, inspirada no modo que os antigos egípcios construíam suas pirâmides. “Nós montamos um andaime na Nave Leste até quase perto da porta. Dali fomos puxando até chegar ao Altar, de modo que já encaixasse certinho”, detalha outro antigo encarregado de obras do Santuário, Lázaro Ribeiro da Costa.
A partir daí, o revestimento da Basílica passou a ser realizado, passando pelos pisos e pelo Retábulo, Nicho e Trono da Imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Isso marcou muito a gente na época, ajudamos a fazer de alto a baixo. E também o trabalho na Capela dos Apóstolos, que a gente ajudou. Foi uma maravilha, algo que está no coração da gente”, confessa Lázaro.
Outra obra que se confunde com a vida dos construtores e de todos os que fazem parte da Família dos Devotos é o revestimento interno de tijolinhos. “Era uma obra que, além de ser bonita, foi muito complicada. A gente tinha que ter a mão leve para conseguir fazer aquele trabalho”, recorda Marinho.
Atenção também no trabalho realizado nas alturas, algo que Lázaro Ribeiro entende bem. Ele trabalhou no revestimento da cruz da Torre Brasília, localizada a mais de 110 metros de altura. “Ela era feita com pastilhas que foram se soltando com o tempo. Conseguimos recuperar e revestimos a cruz todinha, com seus 12 metros. Na época, cheguei até a subir em um dos braços da cruz”, conta.
Uma das últimas obras acompanhadas por ambos – atualmente aposentados - foi o revestimento da Cúpula sobre o Altar Central. A estrutura exigiu andaimes especiais que não interromperam a realização das missas, realizadas logo abaixo da imensa estrutura. Só para a construção dos andaimes foram necessários quatro meses e uma equipe de cerca de 25 pessoas. “A gente acompanhou a obra do começo ao fim. Foi algo que me marcou muito”, expressa Marinho.
Mesmo aposentados, ambos seguem ajudando na construção do Santuário como membros da Família dos Devotos. “Agora, com este revestimento bíblico das fachadas, o Santuário está ficando ainda mais bonito. Já faço parte da Família dos Devotos há mais de 20 anos e ver este acabamento que está sendo feito no lado externo nos incentiva a ajudar ainda mais”, conta Lázaro.
Assim como eles, ao longo desses 25 anos, muitas mãos e corações se uniram para fazer do Santuário Nacional um lugar de catequese e oração. Graças ao amor, o Santuário Nacional continua sendo construído, comunicando por meio de grandes obras o tamanho do imenso amor dos brasileiros à sua Padroeira.
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