Tradicional período penitencial, a Quaresma é marcada por práticas que recordam a Paixão e Morte de Jesus. Uma das mais expressivas é a Via Sacra, que recorda os últimos momentos da vida de Cristo e seu sacrifício por nós.
“Via Sacra quer dizer caminho sagrado. É aquele caminho que Jesus fez a caminho do Calvário. Inicialmente era realizado pelas ruas de Jerusalém, mas depois foi sendo feito em diversos locais, recordando os últimos passos de Cristo”, explica o missionário redentorista, padre José Ulysses da Silva.
Em Aparecida (SP), a oração acontece, de forma privilegiada, no Morro do Cruzeiro. Desde 1925, o local é ponto de peregrinação para romeiros e aparecidenses que, sobretudo durante as sextas-feiras da Quaresma e da Semana Santa, percorrem o percurso de 900m fazendo suas penitências e orações enquanto rememoram o trajeto de Jesus até o Calvário.
Há 25 anos, o espaço passou por um processo de remodelação, favorecendo a oração dos peregrinos que para lá se dirigem. Foi a partir desta reforma, entregue no dia 21 de abril de 2000, que o local ganhou o aspecto atual.
As melhorias foram realizadas graças a Família dos Devotos que, na época, havia acabado de nascer. A remodelação celebrou o Jubileu do Segundo Milênio e os 500 anos de evangelização no Brasil, assinalado pelo Cruzeiro que até hoje aponta para o céu como convite à oração.
“A obra foi uma das primeiras realizadas no contexto do acabamento artístico-teológico do Santuário Nacional. Participaram dela os artistas Cláudio Pastro, que fez aquela imensa cruz e Adélio Sarro, responsável pela confecção das estações da Via Sacra, que substituíram as antigas capelinhas”, recorda padre Ulysses, que na época da remodelação do espaço, atuava como reitor da Basílica de Aparecida.
Estas antigas capelinhas haviam sido inicialmente instaladas no Morro do Cruzeiro em 06 de abril de 1948. Na data os marcos foram abençoados pelo então vigário de Aparecida, padre Antônio Pinto de Andrade.
Mas, a tradição de realizar a Via Sacra no local remonta a anos antes. Em 1925, como recordação do Ano Santo, a população que vivia no entorno da atual Basílica Histórica decidiu erguer um cruzeiro em um dos morros da cidade, onde também foi colocada uma imagem do Bom Jesus. Em 06 de setembro do mesmo ano o vice provincial dos Redentoristas, padre Thiago Klinger, deu a benção ao local, que recebeu o nome de Morro do Cruzeiro.
A partir daí, o espaço se tornou ponto de peregrinação para aparecidenses e romeiros que nas sextas-feiras da Quaresma recordam a Paixão, Morte e Ressurreição por meio do caminho da Cruz, “o caminho que temos mais gravado no nosso coração” (Papa Francisco, discurso na Via Sacra da Jornada Mundial da Juventude, 2023). Na Sexta-feira Santa o fluxo de peregrinos é ainda maior, chegando a quase cinco mil fiéis na oração das 5h.
Atualmente, as estações renovadas com as obras do artista Adélio Saro retratam os últimos momentos de Jesus. Os painéis, dispostos em um percurso de 900 metros, encaminham os fiéis até a grande cruz em aço de 23 metros de altura, obra do artista sacro Cláudio Pastro, entregue também no ano 2000. Até hoje este sinal, localizado em um dos pontos mais altos da Capital da Fé brasileira, continua a recordar aos fiéis que “a cruz permanece firme enquanto o mundo gira”.
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