Neste dia 02 de abril, há 20 anos, faleceu o então Papa reinante, João Paulo II, que esteve à frente da Igreja por mais de 26 anos, o 3º pontificado mais longo da história. Em suas Cartas Apostólicas, catequeses e viagens, o Santo Padre deixava claro a sua vontade de aproximar mais os jovens da Igreja, sendo uma de suas iniciativas a criação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
“Caros jovens, convido-vos, de modo particular, a tomar iniciativas concretas de solidariedade e de partilha ao lado e com os mais pobres. Participai com generosidade em algum dos projectos que nos diversos países vêem empenhados outros coetâneos vossos, em gestos de fraternidade e solidariedade: será um modo de ‘restituir’ ao Senhor, na pessoa dos pobres, pelo menos alguma coisa de tudo o que Ele vos deu, a vós mais afortunados. E poderá ser também a expressão imediatamente visível de uma opção fundamental: a de orientar com decisão a vida para Deus e os irmãos”, exortou o Papa João Paulo II em mensagem aos jovens e às jovens do mundo por ocasião da XIV Jornada Mundial da Juventude, em 06 de janeiro de 1999, na Solenidade da Epifania do Senhor.
Desde o início do pontificado, Karol Wojtyla, nome de batismo de São João Paulo II, dedicou sua missão evangelizadora a conectar as gerações, por meio da Palavra de Deus, com sinais de esperança e de amor.
Papa João Paulo II e a visita a Aparecida
Ao todo, Papa João Paulo II visitou 129 países durante seus anos como chefe da Igreja Católica, ficando conhecido por isso como “peregrino do amor”. No Brasil, o pontífice esteve em quatro visitas, sendo três delas oficiais. Por onde passou levou multidões consigo, que o seguiam com os olhares vidrados, os corações abertos e cheios de fé.
Em sua primeira visita ao país, em 1980, o Papa passou por 14 cidades, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife, Salvador, Belém, Teresina e Fortaleza, mas foi aqui, em Aparecida, que ele deixou sua marca. Devoto de Nossa Senhora, São João Paulo II fez questão de vir à Casa da Mãe, onde chegou no dia 04 de julho e consagrou o templo da Padroeira do Brasil, tendo concedido ao Santuário o título de Basílica Menor, reconhecimento dado a apenas algumas igrejas no mundo.
“E vós, devotos de Nossa Senhora e romeiros de Aparecida, aqui presentes e os que nos acompanham pela rádio e pela televisão: conservai zelosamente este terno e confiante amor à Virgem, que vos caracteriza. Não o deixeis nunca arrefecer! Não seja um amor abstrato, mas encarnado. Sede fiéis àqueles exercícios de piedade mariana tradicionais na Igreja: a oração do Angelus, o mês de Maria e, de maneira toda especial, o Rosário. Quem dera renascesse o belo costume – outrora tão difundido, hoje ainda presente em algumas famílias brasileiras – da reza do terço em família”, disse o Papa durante homilia na Missa Campal, no Santuário Nacional.
“Eu estava presente, foi uma grande festa, uma grande bênção (...) Ele repetiu aquela frase, a primeira frase que ele falou quando ficou Papa: 'conclamando a humanidade toda, abri as portas para o Redentor', essa é a missão dele, abrir as portas do coração, da vida, da família, da sociedade, do mundo, para o Cristo Redentor, porque Ele é a salvação, Ele é o caminho, a verdade e a vida”, lembra padre Alberto Pasquoto, missionário redentorista, que na época atuava no Secretariado Vocacional em Aparecida.
O Santo Padre unia a todos com seu carisma e sua fala abrangente e abrasadora, acolhendo todos aqueles que ouviam suas palavras. “Ele [São João Paulo II] fez um grande apelo a todos, para que a gente tivesse um grande amor à Nossa Senhora”, conta padre Alberto.
“A vinda dele aqui foi uma bênção pra nós e um apoio muito forte pra gente continuar acolhendo os romeiros, ‘acolher bem também é evangelizar’, principalmente um apoio para nós que ficamos nas Confissões”, continua padre Pasquoto.
A visita de São João Paulo II foi sentida, não só pelos fiéis, mas também pelos religiosos que ainda estavam, os Missionários Redentoristas. “O Papa tem a mesma missão de Maria, dar Jesus ao mundo, então, para nós que trabalhamos aqui, padres, religiosos, irmãos, as irmãs religiosas, os colaboradores do Santuário, os voluntários, ministros, leitores, cantores, é uma grande bênção continuar a missão de Jesus com a proteção e bênção de Nossa Senhora”, conclui o missionário redentorista.
De “peregrino do amor” à santidade
“Nenhum homem, nenhuma mulher de boa vontade pode esquivar-se ao compromisso de lutar para vencer o mal com o bem. É uma batalha que se combate validamente somente com as armas do amor. Quando o bem vence o mal reina o amor, e onde reina o amor reina a paz. Tal é o ensinamento do Evangelho reproposto pelo Concílio Vaticano II: ‘A lei fundamental da perfeição humana e, portanto, da transformação do mundo, é o novo mandamento do amor’”, exprime o pontífice em sua mensagem para a celebração do XXXVIII Dia Mundial Da Paz, em 08 de dezembro de 2004.
Papa João Paulo II é lembrado até hoje por sua vida santa e por suas ações concretas, antes e durante o papado. Ajudou a levar a paz a muitos países pelo mundo, que viviam sob guerras e ditadura, sempre com diálogo e oração em seus aconselhamentos. Foi durante seu pontificado também que a Igreja Católica expandiu seu projeto de evangelização em países da África e da América Latina.
O pontífice vivenciou também outros grandes feitos, como a criação do Código de Direito Canônico de 1983, a criação do Catecismo da Igreja Católica e a convocação do Ano da Redenção, do Ano Mariano, do Ano da Eucaristia e do Grande Jubileu de 2000. Entre os documentos que escreveu estão 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas.
Karol Józef Wojtyla, o Papa João Paulo II, faleceu em 02 de abril de 2005, às 21h37, às vésperas do Domingo in Albis ou da Divina Misericórdia, por ele instituído. Por seus feitos em vida e milagres reconhecidos, em 2014, foi canonizado pelo Papa Francisco, tornando-se São João Paulo II.
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