Maria clamamos a vós

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A figura da Orante nas Catacumbas de Priscila

Numa das mais antigas representações de Maria, que encontramos na Catacumba de Priscila, em Roma, a Mãe de Deus é apresentada como uma mulher orante, isto é, com seus braços elevados ao Pai, em oração, por todos os membros da comunidade do seu Filho. Essa imagem nos ajuda a contemplar a Virgem de Nazaré, que nos ensina a rezar e ao mesmo tempo confiar em sua materna intercessão junto ao Filho, em favor de todos os seus filhos.

A relação da comunidade cristã com a Virgem orante deu origem a muitas expressões e práticas que denominamos de piedade popular, como: novenas, peregrinações, ofícios, cantos, entre outras orações, com os quais os discípulos de Cristo louvam e bendizem sua santa Mãe. Todas essas práticas oracionais na história da Igreja nasceram de uma íntima relação entre Maria e seus filhos.

Essas práticas contribuíram nos processos de evangelização e para manter viva a fé dos discípulos de Jesus. Por isso, nos últimos anos, são muitos os documentos do magistério da Igreja que nos ajudam a refletir e a viver a piedade popular como um salutar caminho de encontro com o Senhor. Maria, a orante, com seu testemunho de vida, nos guia para Cristo, a porta que se abre para atingirmos o Pai.

Em uma das mais belas descrições que temos sobre Maria, Ela é apresentada como a mulher toda de Deus. Por Ela, o Senhor encontrou lugar seguro para vir ao encontro da humanidade. Por isso, a devoção que alimentamos por Ela deve se expressar em nossa vida de discípulos de Cristo. No serviço generoso em favor do Reino de Deus, a exemplo daquela que nos ensina a fazer a vontade do Senhor e não a nossa. Assim sendo, se Ela é modelo de vida discipular, em tudo podemos clamá-la, a fim de nunca abandonarmos os caminhos, daquela que a chamou e a fez Mãe do Salvador e nossa.