Por Leonardo C. de Almeida Em Revista de Aparecida

Maria, de tantos nomes, mãe de todos nós

Leonardo Caetano de Almeida
Leonardo Caetano de Almeida

“Ave, Maria, lá de Belém, lá de Nazaré, lá de Jerusalém! Ave, Maria, de trezentos nomes, de tantos lugares! Amém!” Os versos dessa conhecida canção de Padre Zezinho tocam o coração da gente e revelam importantes verdades. O povo devoto de Nossa Senhora, que vem em romaria ao Santuário Nacional e a tantos centros de peregrinação dedicados à Mãe do Senhor, carrega nos lábios e no coração o nome bendito da Senhora Aparecida e infinitas outras invocações da mesma Virgem Imaculada.

Maria, escolhida para Mãe do Redentor, antes de ocupar nossos altares e andores, pisou este nosso chão e experimentou as dores e as alegrias inerentes à vida humana como mulher, filha, mãe e esposa na sociedade de seu tempo. Aos pés da cruz, assumiu a maternidade universal, entregue como dom precioso pelo divino Salvador ao discípulo amado. Glorificada nos céus, de corpo e alma, Ela nos recorda nosso futuro eterno junto ao Criador.

No Filho de Maria, Jesus Cristo, deu-se a Revelação divina na plenitude dos tempos. E na história da Igreja, as aparições de Nossa Senhora são como uma extensão dessa revelação definitiva. Nas Mariofanias (manifestações de Maria), Ela aponta-nos seu Filho e nos coloca em comunhão com a comunidade eclesial. Importante salientarmos que as aparições de Maria se dão em momentos críticos da História, quando falta o “vinho” do amor. Nas ocasiões em que há opressão, guerra, doença ou fome, a Senhora, que experimentou de nossas dores, faz-se solidária aos nossos sofrimentos e, como Mãe da humanidade, digna-se visitar-nos, apontando-nos caminhos de libertação. E os destinatários de sua mensagem são justamente os “pequeninos” do Reino de Deus. Vejam-se os pescadores da Virgem negra de Aparecida (em tempos de um Brasil escravocrata); o indígena Juan Diego em Guadalupe; os pastorzinhos em Fátima; a frágil Bernadette em Lourdes.

Daí decorrem os tantos títulos de Nossa Senhora cultuados com amor pela piedade popular. Assim, algumas invocações marianas partem de uma associação com os nomes dos locais das aparições ou com o modo como se deu a manifestação da Virgem; outras destacam virtudes de Maria e episódios bíblicos ou da tradição da Igreja que aludem a sua vida terrena.

Temos, pois, uma mesma Mãezinha de tantos nomes! Sobre seu amor sem medidas e a necessidade de estarmos unidos a Ela pela oração, fala-nos o querido Papa Francisco: Maria é “aquela que nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita deixar-nos por terra e, às vezes, leva-nos nos seus braços sem nos julgar. Conversar com Ela consola-nos, liberta-nos, santifica-nos” .

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Por Leonardo C. de Almeida, em Revista de Aparecida

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