Por Academia Marial Em Revista de Aparecida

Maria, Mãe da Esperança

Por Célia Soares de Souza

Nique Lim - Wikimedia Commons
Nique Lim - Wikimedia Commons
Representação de Nossa Senhora da Esperança, venerada em Marigliano, na Itália

Celebrar a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é, sempre, um convite a cada discípulo missionário para renovar o dom da Esperança que não decepciona (cf. Rm 5,5) pois o amor de Cristo foi derramado em nossos corações.

Maria, é a Mãe de Deus. Ela gerou Jesus, o Filho de Deus. Cuidou e educou o Menino Jesus, juntamente com seu esposo, São José. Ela é a primeira e perfeita discípula de Jesus. Por isso, Santo Agostinho afirma que a Virgem “concebeu antes no coração que no ventre” (Discurso, 215, 4).

Na cena das Bodas de Caná (Jo 2) ela se preocupa com aqueles que estão na festa de casamento (comunidade) mas ainda não optaram pelo seguimento (conversão) a Jesus. “Ela é amiga sempre solícita para que não falte o vinho na nossa vida” (EG, 286).

Maria, aos pés da cruz, é a mulher e mãe que sofre pela entrega do Seu Filho. Ela não perde a esperança e a confiança na misericórdia do seu Deus. Ainda hoje, o sofrimento de mães/pais denuncia as injustiças cometidas contra pessoas inocentes. Por isso, “ela é mãe de todos, é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça” (EG, 286).

Se, atualmente, ainda há tantas famílias sem condições dignas para viver, essa realidade não deixa de ser um constrangimento para os cristãos. O Magnificat de Maria louva a Deus “porque derrubou os poderosos de seus tronos” e aos “ricos despediu de mãos vazias” (Lc 1,52.53). Maria canta a promessa de Deus que se realiza na história do seu povo.

Sinal dessa promessa é, também, a presença da Mãe de Jesus e nossa Mãe na vida do povo de Deus. Sua atitude amorosa e cuidadosa de forma constante comunica aos que abraçam a fé que não caminham sozinhos porque ela, a Santa Mãe, Maria, caminha com seus filhos e filhas e intercede a Deus por eles, certos de que “Maria, Mãe de Deus, vem em nosso auxílio, apoia-nos e convida-nos a ter fé e a continuar a esperar” (Scn, 24).

Ela se faz presente nos momentos de alegria, de sofrimento, de cansaço e de angústias dos seus filhos e filhas e, sobretudo, é Ela que, com a graça de Deus, ensina seus discípulos e discipulas a permanecerem no caminho com Jesus. “Como uma mãe verdadeira, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus” (EG, 286).

Maria é Santa, pois ela alcançou a plenitude da Glória. Ela foi totalmente assumida por Deus na sua Assunção. Nela se realiza a esperança dos que creem na ressureição. Sua fidelidade, e doação de si mesma, ao dizer “SIM” trouxe esperança para “os que jaziam nas trevas” (cf. Mt 4,16). Neste tempo de graça, a Igreja, e cada cristão, são chamados a renovar seu compromisso de gerar Jesus com o testemunho, na participação, comunhão e missão.

Maria, a Mãe da Esperança, e intercessora, continua a pedir que ensine a quem tem mais partilhar com quem nada tem. Pois só haverá Paz quando a vida, sobretudo das pessoas pobres e necessitadas, for contemplada com ternura, justiça e paz!

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Academia Marial, em Revista de Aparecida

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...