Missionários da Esperança

Por Ir. Cláudio Aparecido Teixeira, C.Ss.R.

O mundo está em constante mudança. O avanço tecnológico, pessoas cada vez mais conectadas, inversão de valores, relações e compromissos não duradouros e vínculos fragilizados são características da atual sociedade. Isso também não é diferente em relação à vocação. Com uma sociedade do descartável, o sentido do chamado de Deus para muitas pessoas se torna algo sem importância e valor.

Muitos jovens são bombardeados por muitas coisas e se sentem perdidos diante de tudo isso, e assim não conseguem perceber o chamado de Deus em suas vidas. Dar um sim decisivo hoje é ir muitas vezes na contramão de uma sociedade que visa o poder, o ter e o prazer. É preciso ter fé, convicção, clareza na opção, discernimento, decisão para seguir, escuta de si, escuta de Deus e de sua Palavra, para não desanimar diante dos ventos contrários que o mundo propõe para o jovem de hoje.

Santo Afonso foi um missionário da esperança que, em tempos difíceis, trouxe esperança para os mais pobres e abandonados de seu tempo, fundando uma congregação religiosa, os Missionários Redentoristas, para trabalhar principalmente com os mais desfavorecidos da sociedade. Ainda hoje, os Missionários Redentoristas são chamados a espalhar a esperança em um mundo que muitas vezes anuncia a desesperança, o ódio e a intolerância.

O profeta Jeremias nos dá o exemplo bonito de esperança e perseverança na vocação: “Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci; antes que você fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações.” (Jr 1,4) Essa é a certeza de que, desde o ventre materno, o Senhor chama e consagra cada um de nós para uma vocação e missão. Vamos seguir os passos do redentor respondendo seu convite “vem e segue-me” com alegria e disposição.