Por Pe. Márcio Fabri dos Anjos, C.Ss.R. Em Revista de Aparecida

Natal, entre presentes e caridades

Wikimedia Commons
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A Virgem Maria com Jesus e São Nicolau, que foi bispo de Mira, cidade grega da Antiguidade. O santo serviu de inspiração para a figura contemporânea do Papai Noel


A festa do Natal tornou-se quase impensável sem presentes. O agrado original dos presentes, com São Nicolau, o Papai Noel, se destinava às crianças, mas se estendeu aos adultos. Há um lado bonito nisso, porque faz do Natal uma ocasião de intensificar a gratuidade, a bondade que levamos em nós, a “ação de graças” pelo ano que passou. E também é ocasião de muitas famílias, entidades e empresas levarem presentes às pessoas pobres e carentes.

Mas há também um lado contraditório nas festas de Natal. Quando o chamado ‘presente’ acaba se tornando uma troca, um divertimento entre pessoas que já têm de sobra, e até uma obrigação de dar algo de volta. Entram variações combinadas, como a do ‘amigo secreto’ e até algumas de mau gosto como o ‘presente pegadinha’ para ridicularizar. E talvez, ainda mais distante do espírito natalino, a cobiça fica solta para ‘roubar o presente’ que o outro recebeu. Seria tudo brincadeira, se não fosse um reforço do lado egoísta que mora em nós.

Vale então fortalecer o sentido primeiro do Natal: Deus se deu a nós, nascendo como um menino, para nos ensinar a pura Bondade. As bondades não se reduzem ao tempo de Natal. É preciso abraçar de coração o Menino Deus, para que Ele cresça em nós. Transmitir isso também para crianças e adolescentes, na contramão das desigualdades. Somos aprendizes disso ao longo de nossa vida. Vamos aprendendo juntos!


O abraço de Natal

Nasceu um Menino

Nasceu pra nos dar

o poder de sonhar.

Fazer forte na vida

a quem sofre na lida

da insana insistência

de quem faz violência

fingindo amar.

Nasceu um Menino

que ensina a fineza:

aprender a nobreza

de amar sem domar.

Ele dorme em você

Esperando a mercê

que o acorde e abrace.

E por esse enlace

ELE more em você.

(MFabri 2024)

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