Chegamos à última imagem da lateral leste da Fachada Sul, na qual contemplamos o altar ladeado pelos quatro mártires em que cada um traz o instrumento de seu martírio: a espada sob os pés de João Batista, Tiago e Paulo e a cruz ao contrário junto a Pedro, pois ele foi crucificado de cabeça para baixo. Pedro e Paulo nos apontam o monograma de Cristo “X” “P”, porque Cristo é o altar e diante d’Ele o pão e o vinho. O altar é a mesa do banquete do Senhor para o qual somos convidados a cada celebração eucarística.
É diante do altar que participamos da Santa Missa, somos os felizes convidados para a ceia do Senhor (cf. Ap 19,9). “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo" (Jo 6,51).
Esses mosaicos nos apresentam os primeiros mártires, pois a verdadeira Igreja é aquela do martírio porque vive o Mistério pascal. Aqueles que vivem a vida em Cristo, segundo Seus ensinamentos, assim como testemunharam os quatro mártires: João Batista, Tiago, Pedro e Paulo, todos são alter Christus, isto é, conformados a Cristo!
O monograma ao centro nos faz ver que o altar é Cristo, Ele é o centro da liturgia e toda liturgia é a “porta aberta para o céu” (Ap 4,1) e cada mártir é o prolongamento de Cristo na História, por isso, ainda hoje, nas igrejas o altar deve ter a relíquia de um santo.
A liturgia é uma ação, e não é apenas a nossa ação, mas a ação do Senhor. Recordemos aqui as palavras de São Paulo aos Efésios: "Já não sois estrangeiros nem hóspedes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus" (Ef 2,19) e "com Ele, ressuscitou-nos e fez-nos sentar no céu em Cristo Jesus” (Ef 2,6).
A Igreja, como casa de Deus, é imagem do mundo inteiro, porque Deus está em toda parte e acima de todas as coisas! O santuário é um símbolo das esferas mais altas e supra celestiais, lugar do trono do Deus imortal e de seu repouso. O altar representa esse trono. Há apenas uma Igreja acima e abaixo, pois, pela encarnação, Deus se fez carne, veio entre nós e foi visto em nossa forma humana e fez tudo para nossa Salvação.
A liturgia terrena confunde-se com a liturgia celeste, porque em ambas há um só celebrante, o próprio Cristo, o único Sumo Sacerdote da Nova Aliança. Sobre o altar, no mosaico, estão o cálice e o pão, fruto da terra e do trabalho humano, porque na liturgia oferecemos pão e vinho e, por meio dessa oferta, são levados à liturgia celeste, onde Cristo se oferece. “O viver é Cristo”, nos diz São Paulo (cf. Fl 1,21), e ser salvo significa conformar-se a Cristo, morrendo para nós mesmos e ressuscitando para a vida nova n'Ele.
As palavras que Jesus pronunciou tantas vezes diante dos seus discípulos, “Eu estou no Pai e o Pai está em Mim” (Jo 14,11), na liturgia tornam-se reais e concretas para todos os fiéis: “Naquele dia sabereis que Eu estou em meu Pai, e vós em Mim, e Eu em vós” (Jo 14,20).
Nos mosaicos que contemplamos, as passagens nos elucidam sobre o que é ser cristão. Na celebração eucarística, a Jerusalém Celeste, cidade do céu desce à terra, vem ao nosso encontro do futuro, ou seja, da realidade plena do Reino, na qual tudo é agora assumido e vivido na plenitude da Graça de Cristo e manifesta tudo. A presença viva do sacrifício de Cristo se renova na liturgia para nossa salvação!
Prisão de Paulo e Silas (At 16,16-40)
Assim como Pedro no mosaico ao lado, essa imagem nos apresenta a forma segundo a qual Paulo e Silas são presos injustamente e se entregam sem resistência!
De todos os temores me livrou o Senhor Deus
A 2ª imagem apresenta Pedro, com as mãos levantadas, que se entrega aos soldados sem resistência, em uma total confiança no Senhor.
As fachadas do Santuário nos revelam a Palavra de Deus em formas e cores
A primeira imagem da lateral direita da Fachada Sul nos mostra o martírio de João Batista descrito em Marcos 6,17-29 e o martírio de Tiago Maior.
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