Por Victor Hugo Barros Em Revista de Aparecida Atualizada em 20 JUN 2024 - 17H13

Os arcebispos de Aparecida e a Família dos Devotos

Fundada sob o pastoreio de Dom Aloísio Lorscheider, a Família dos Devotos conta com presença de seus sucessores para guiar a evangelização e a construção

Desde seu nascimento, em 1999, a Família dos Devotos conta com o apoio e a liderança dos arcebispos que governaram a Arquidiocese de Aparecida. Ao longo destes 25 anos de história, três arcebispos já se sentaram na cátedra arquidiocesana. De todos eles, a Família recebeu não apenas incentivo, mas direcionamento e assistência.

CDM - Centro de Documentação e Memória
CDM - Centro de Documentação e Memória
Dom Aloísio Cardeal Lorscheider, fundador da Família dos Devotos

“A maravilha da Família dos Devotos é a sua fé e a fé sempre age no amor. Então, por causa da fé, estas pessoas fazem estas boas obras. A fé supõe o amor. O amor supõe a fé”, comenta o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

E foi justamente um dos antecessores de Dom Orlando que deu início à trajetória da Família dos Devotos, chamada, na época, de Campanha dos Devotos. O então cardeal-arcebispo, Dom Aloísio Lorscheider, não pensou duas vezes e, ao ver a necessidade do acabamento do Santuário Nacional, logo criou a iniciativa que até hoje sustenta o principal centro de peregrinações do Brasil.

Em uma das entrevistas concedidas à TV Aparecida, já como arcebispo emérito, ele recordou este início. “A Campanha dos Devotos tem como objetivo ajudar as obras do Santuário. Era obrigação nossa zelar pela Casa da nossa Mãe Aparecida”, comentava o purpurado.

Foi ele quem, em abril de 2002, fundou a Revista de Aparecida. As páginas daquela primeira edição conservam a ideia do religioso ao fundar a publicação. “É uma maneira que encontramos de agradecer e, ao mesmo tempo, auxiliar a vida espiritual das famílias dos devotos em todo o Brasil, escreveu Dom Aloísio à época.

É por meio da Revista de Aparecida que, ao longo de 22 anos, os arcebispos de Aparecida se comunicam com os membros da Família dos Devotos na tradicional Carta do Arcebispo, que nunca deixou de ser publicada. Estimada pelos romeiros, ela também está no coração dos arcebispos de Aparecida.

“Ainda tenho todas as cartinhas salvas no meu computador”, confessa Dom Raymundo Damasceno Assis, que entre 2004 e 2017 foi arcebispo de Aparecida. “Foram 13 anos mandando esta cartinha muito simples, muito pastoral aos romeiros que eram muito agradecidos, realmente. Eu recebia muitos cumprimentos aqui no Santuário pela carta. O romeiro sempre entendeu que aquela carta era dirigida pessoalmente a ele e vinham me agradecer aqui depois da missa”, recorda.

Centro de Documentação e Memória (CDM) - Santuário Nacional
Centro de Documentação e Memória (CDM) - Santuário Nacional
Dom Aloísio Lorscheider (esq.) e Dom Raymundo Damasceno (dir.) na finalização da obra do piso


Foi durante o episcopado do religioso – criado cardeal em 2010 – que grande parte das obras possibilitadas pela Família dos Devotos foram realizadas. Entre elas, a ampliação da estrutura de acolhida aos peregrinos e grande parte do acabamento interno da Basílica, como o revestimento de tijolinhos.

“Os romeiros vem ao Santuário, vão admirando cada vez os espaços que vão sendo oferecidos a eles para que se sintam bem aqui, seguros. Possam rezar, possam descansar, possam confraternizar”, comenta ao recordar as obras.

Thiago Leon
Thiago Leon
Dom Orlando Brandes (esq.) e Dom Raymundo Damasceno Assis (dir.)


A opinião também é compartilhada com o sucessor do Cardeal Damasceno, Dom Orlando Brandes.

“Sem essa Família o Santuário não estaria assim como está”, afirma o atual arcebispo. “Realmente é admirável que nós não construímos só o Santuário de pedra, mas também o santuário humano que é a pessoa humana através destas grandes obras sociais.

Mais do que apenas apoiar, Dom Orlando garante que também é catequizado por meio do amor dos devotos de Nossa Senhora. “No tempo em que estou aqui – sete anos – aprendi muito com a fé deste povo, da Família dos Devotos, e aprendi muito também com a perseverança destas pessoas e com o grande bom exemplo que estão dando de verdadeiro cristianismo, afirma convicto.

Como continuadores dos Apóstolos, a presença e apoio dos arcebispos também garante a unidade da Família dos Devotos com a Igreja e o Papa, sucessor de São Pedro. Assim, como membros da Igreja, Corpo de Cristo (cf. Ef 4, 4-6), temos a certeza de que sob a liderança dos pastores da Igreja, somos conduzidos à Jesus, nosso pastor eterno (Jo 10, 14-18).

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