A Igreja Católica já está envolvida nos preparativos da segunda sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade, agendada para acontecer no Vaticano, em outubro de 2024. O momento será a conclusão do processo de escuta iniciado em 2021 com fiéis de todo o mundo. Os resultados da consulta foram analisados na primeira sessão sinodal, em outubro deste ano, no Vaticano.
“O primeiro passo a ser dado, terminada a primeira sessão do Sínodo, é se apropriar do relatório síntese. Tenho ciência que a CNBB está atenta a esta necessidade e ajuda as Igrejas particulares a fazerem o mesmo caminho”, explica o bispo da Diocese de Camaçari, Dom Dirceu de Oliveira Medeiros.
O religioso, que participou da primeira sessão do Sínodo como um dos 13 representantes do Brasil no Sínodo, aponta que o relatório produzido nesta primeira fase do encontro vai nortear os trabalhos preparatórios para a reunião de 2024.
“O documento destaca três tipos de contribuições da assembleia: convergências, questões a serem aprofundadas e propostas. A escuta figura no tópico proposta, portanto, algo a respeito do qual se tem clareza e que deve ser abraçado pela Igreja”, sublinha.
“O Laicato tem que se apoderar deste documento e levar ele para o mais amplo debate e contribuir no sentido de crescer”, afirma a presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Sônia Gomes de Oliveira.
Sônia - uma das 54 mulheres que, pela primeira vez na história da Igreja, puderam votar em um Sínodo - aposta que até outubro paróquias e Dioceses podem criar organismos de escuta como forma de desenvolver a caminhada sinodal. Ela destaca, entretanto, que não basta apenas força de vontade.
“Ainda temos muito que avançar e tudo o que é novo ainda gera medo. Se nós não tivemos uma abertura no Espirito não iremos conseguir avançar”, destaca. “Creio que é preciso ir com serenidade, com capacidade de ouvir e ser ouvido levando esperança. Que todo o processo possa ser em vista da missão junto ao povo e aos pobres com a centralidade em Jesus Cristo”.
“Como viver essa comunhão que brota da Trindade Santa e deve se expressar na Igreja em um estilo sinodal? Este é o fio condutor e a linha que deve perpassar todo esse caminho sinodal, uma vez que o sínodo é um processo e não um evento”, expressa Dom Dirceu.
Agora, a Igreja continuará a enfrentar o desafio de fazer da Sinodalidade não apenas um slogan, mas “o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”, como recordou o Papa Francisco ainda em 2015. Como trilhar este caminho? A última sessão do Sínodo, em 2024, deve ser um mapa para responder esta pergunta.
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