Revista de Aparecida

Para mostrar que somos cristãos

Escrito por Pe. Márcio Fabri dos Anjos, C.Ss.R.

31 JUL 2024 - 16H00

Thiago Leon

Estamos acostumados a ouvir falar de “vocação do leigo na Igreja”. Se Igreja for entendida como lugar e comunidade de orações e celebrações em comum, e por pastorais ligadas à sua manutenção, essa vocação fica reduzida a participar dos atos religiosos e ter alguma função dentro da comunidade. Vale dizer que isso é muito importante para alimentar nossa espiritualidade. Mas é mais do que isso. É para que a Igreja seja sal, fermento, luz de Deus no mundo, como Jesus ensinou. Em outras palavras, precisamos ser fortes como comunidade de oração para termos ânimo e energia na ação em família, no trabalho e na vida social. Assim, a Igreja não existe para si mesma. Ela precisa existir com vigor, mas tem a missão de sair levando a luz e o fermento do Bem pela sociedade e pelo mundo. Por isso o Papa Francisco tem insistido nesse lado importante da “Igreja em saída”.

A vocação ou missão cristã na sociedade é de todos nós, e nasce de nossa vocação batismal. Pelo batismo assumimos ser e agir como filhos de Deus no mundo. Jesus, uma vez rezou por nós dizendo: “Não vos peço, Pai, que os tireis do mundo, mas que os livreis da maldade (...). E como me enviastes ao mundo, eu também os enviei ao mundo” (Jo 17,15-18). No mundo e sociedade somos todos leigos, termo derivado da língua grega referente a Povo. Nossos diferentes dons e carismas, ou habilidades, são as formas de mostrar o espírito ou atitudes que guiam nossas iniciativas e ações. Muitas comunidades têm grupos de atuação social e isso é um grande testemunho. O exercício ético das profissões; participar de grupos e associações não religiosas, com causas dignas; tomar iniciativas em favor do bem das pessoas e outras inúmeras atividades cotidianas, são formas de viver a vocação cristã no mundo. O espírito com que agimos define a qualidade de nossa vocação cristã. A pior adversária é a incoerência de ser muito participante nas celebrações e até clérigo ou ministro, mas viver de egoísmos na vida familiar e social. O melhor é sentir a confiança de Deus em nós, que nos chama para sermos parceiros de sua ação divina no mundo. E em todas as idades e situações, mesmo as mais difíceis, saber que Ele está conosco.

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