Por Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R. Em Revista de Aparecida

Peregrino! Caminho! Vida!

Centro de Documentação e Memória (CDM) / Santuário Nacional
Centro de Documentação e Memória (CDM) / Santuário Nacional
A Basílica Histórica no século XX

O peregrino-devoto vislumbrou, assim que chegou, uma joia rara num ponto alto da cidade, quase que comprimida pelos prédios e casas ao seu redor. Como o berço da criança que dorme, lá está ela, imóvel, guardando os sonhos e esperanças de todo romeiro. “Na casa santa onde piso com respeito, onde rezo do meu jeito, hoje peço proteção”, é a prece que brota do coração dos milhões e milhões de romeiros que já passaram por ela. E Maria ouve o “grito que sai do chão, dos oprimidos em oração”.

Um coração secular pulsa forte e imponente no alto do Morro dos Coqueiros, hoje ladeira Monte Carmelo. Em seu interior guardou singelamente a Imagem de Nossa Senhora Aparecida. Pe. José Vilela, por inspiração divina, construiu primeiro uma capela pequena para abrigar a santa imagem.

Depois, outro homem de Deus, Frei Joaquim Monte Carmelo, conduziu a construção do digno templo. “Como são belos os pés do mensageiro, que anuncia a paz”, clamou o profeta Isaías; e nós o parodiamos dizendo que “são belos os que enxergam o futuro por causa de Deus”.

Dizem que não há um ocaso sem amor, e uma aurora sem alegria não contagia ninguém. Se a beleza da aurora nos encanta e o entardecer nos conduz à meditação, o antigo Morro dos Coqueiros nos faz vislumbrar a joia rara construída a partir do ano de 1845 e finalmente inaugurada em 1888 na forma como hoje a conhecemos: a Basílica histórica ou Basílica Velha, como carinhosamente a chamamos. Em seu interior respiramos a paz e a harmonia e sentimos estar imersos em Deus. Quando nela entramos, dela não queremos sair. É assim mesmo: quando mergulhamos no templo que é Deus, dele não queremos sair, não queremos nos afastar. Impossível é afirmar quantos milhões de romeiros já “pisaram” nessa casa santa, com amor e respeito. Seus carrilhões entoam melodia duas vezes ao dia. É uma melodia celeste caindo sobre a cidade, como se fosse bênçãos do céu. A Basílica “Velha” nos faz, sim, um convite para a paz, para a harmonia, para o estar sempre em Deus.

Não são poucos os que afirmam: “aqui é um pedacinho do céu!” O que é o céu, senão o lugar da paz? Ela deve sim brotar num coração sincero e deve ser o desejo da multidão de romeiros, que vêm, que amam e que se entusiasmam diante daquela que nos estende a mão e nos convida a amar Jesus: Maria, a Senhora Aparecida. O Santuário, antes de tudo, está presente em quem ama de verdade, sem fingimento e sem a moda do tempo.

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