O povo de Deus, por essência, é peregrino. Os relatos bíblicos apresentam Abraão como um homem em constante caminhada (cf. Gn 12,1-5). A partir dele, outros personagens deixaram suas terras indo para onde o próprio Senhor os mandava. Também Jesus, em seu ministério, fez a sua caminhada rumo a Jerusalém (cf. Lc 9,51), onde morreu na cruz e ressuscitou dentre os mortos, tornando-se nossa esperança (1Cor 15,19-20). A seu exemplo, “a Igreja avança na sua peregrinação por entre as perseguições do mundo e das consolações de Deus” (Santo Agostinho).
Em Aparecida esta é uma realidade visível. Anualmente, milhões de fiéis peregrinam ao Santuário Nacional. Neste Ano Santo, a Capital da Fé acolhe peregrinos de todo o país que desejam viver o Jubileu da Esperança junto a Padroeira do Brasil.
“A peregrinação propriamente dita talvez seja o principal sinal do Ano Jubilar, mas há vários outros também. A profissão de fé em Jesus Cristo, a Porta Santa, a Reconciliação, a oportunidade de pedir o perdão pelos pecados, a celebração da Eucaristia, a oração pelo Papa Francisco e também as indulgências, que são sinais da misericórdia infinita de Deus”, explicou o reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo.
Este é o caso de Tereza Tenório, de Mairiporã (SP). Membro da Família dos Devotos, ela realizou a peregrinação a pé ao Santuário Nacional.
“É o terceiro ano que participo dessa romaria. Estou muito feliz porque amo Nossa Senhora”, contou Tereza. “Por causa do Jubileu eu não posso faltar”, disse.
Nas mãos da devota, o livro da Jornada do Peregrino impulsionou a longa caminhada. Foram quase 200 quilômetros, vencidos em cinco dias de caminhada.
“Para mim foi muito difícil, por mais que a gente tenha se preparado, mas é muito bom. Chegar aqui é muito gratificante. Estou muito feliz e só tenho que agradecer”, detalhou sua sobrinha e companheira de viagem, Letícia.
Para a jovem, a peregrinação ao Santuário também é repleta de expectativas. “Estamos nos preparando para estar juntas com o Papa”, contou, completando que também irá como peregrina a Roma durante o Ano Santo.
“A gente sabe que muitas pessoas vão visitar Roma, vão visitar as Basílicas Papais. Mas muitas pessoas, especialmente aqui no Brasil, vão visitar o Santuário Nacional e as duas Basílicas (de Aparecida) se preparam neste ano para isto, para receber os peregrinos que numerosamente vêm celebrar o Ano do Jubileu aqui em Aparecida”, afirmou padre Catalfo.
Mais do que uma visita, a romaria ao Santuário Nacional se reveste, no âmbito do Jubileu, de momento para viver os sinais do Ano Santo. “Desde a última Festa de Nossa Senhora, no dia 12 de outubro do ano passado, Dom Orlando nos deu essa grande alegria de anunciar as duas basílicas de Aparecida como Igrejas Jubilares. A Basílica Histórica e o Santuário Nacional são igrejas jubilares, são igrejas nas quais a gente alcança misericórdia, ternura, as indulgências”, detalha o reitor.
Ao longo de todo o Ano de 2025, quem vier ao Santuário de Aparecida poderá viver, de forma mais intensa, o Ano Jubilar. Olhando “para Maria, a fim de contemplar nela o que a Igreja é no seu mistério, na sua «peregrinação da fé», e o que será na pátria ao terminar a sua caminhada” (CIC, 972), cada romeiro poderá encontrar a “Mãe da Esperança” (Spes non confudit, 24) e, por meio dela, Jesus, a porta de nossa salvação (cf. Jo 10,9).
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