Quando começa um novo ano as pessoas alimentam a esperança de que ele será melhor que o anterior. Há aqueles que cantam: “Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. Muitos pedem a Deus que seja um tempo abençoado, que haja paz nas famílias, na sua cidade, no país e no mundo. Neste ano que começa, a humanidade chora e lamenta a morte de tantas crianças que foram golpeadas pela guerra em 2023, na Ucrânia, na faixa de Gaza e em vários países do qual nem ficamos sabendo. Outros clamam aos céus para que diminuam a violência e as mortes que se abatem sobre os jovens, especialmente os das periferias das cidades. Há aqueles que esperam que haja menos briga e mais entendimento na sua família, marcada por tanto conflitos e até a violência contra os mais fracos, como os idosos.
A 1ª leitura da liturgia da vigília do natal é um grito de esperança, que ressoa neste primeiro mês do ano: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz começou a brilhar (..) Toda bota da guerra e as vestes manchadas de sangue serão lançadas ao fogo e desaparecerão. Porque um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado. Tem o poder sobre os ombros e será chamado «Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz» (Is 9,1.6).
O papa Paulo VI, no ano de 1967, propôs que o 1º de janeiro fosse celebrado em todo o mundo como “Dia Internacional da Paz”. Cada ano o Papa escreve uma mensagem ao mundo, fazendo um apelo à paz. No ano que começa, lembramos também da guerra que a humanidade está fazendo contra a natureza. Nessa guerra, como em todas as outras, todos sofremos consequências ruins. Todos perdemos. Até os poderosos, que exploram a Terra para lucrar sem parar, pois estão deixando para as futuras gerações um rastro de destruição.
O ano começa também com a festa de “Santa Maria, Mãe de Deus”. Como é bom associar a causa da paz com a festa sobre a encarnação do Filho de Deus em Maria e com Maria. A ela dirigimos nossa prece neste primeiro mês do ano:
Maria, nossa mãe. Obrigado pelo ano que se inicia.
Damos graças a Deus por tua presença ativa e terna na vida de Jesus e em nossa vida.
A ti oferecemos nossos desejos e esperanças neste ano de 2024.
Como os reis magos, nos ajoelhamos diante de Jesus
e lhe ofertamos o melhor que somos e temos.
Não será nem ouro, nem incenso, nem mirra.
E sim o brilho do nosso olhar, o louvor que se eleva ao céu,
e o cheiro bom do cuidado com as pessoas e a natureza.
Como João Batista, testemunhamos que o Espírito de Deus está sobre Jesus.
E Jesus ressuscitado nos unge para sermos seus discípulos e seguidores.
Maria, mãe da Paz, concede a paz aos nossos corações.
Faz-nos mensageiros da paz e do cuidado neste mundo ferido.
Acolhemos com alegria teu carinho
e apertamos tuas mãos amorosas, que nos conduzem a Jesus.
Amém.
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