Por Pe. Robson Araújo dos Santos, C.Ss.R.
No mês de outubro, a Igreja nos recorda sobre a importância da consciência missionária que todos os fiéis precisam ter diante da vivência da fé. Faz parte da essência do ser Igreja o ser missionário, não tem como pensar o anúncio do Reino dos céus sem a concepção missionária.
Por meio do batismo, o cristão assume o seguimento a Jesus Cristo, o que implica em um novo modo de ser e de agir. À medida que fortalecemos nossa amizade e intimidade com o Senhor, descobrimos e amadurecemos nesse processo de transformação do nosso ser pessoa para um modo de ser de acordo com o Evangelho de Jesus.
O ser missionário revela o amor e a disponibilidade dos Apóstolos e de cada um de nós, que somos chamados a anunciar o Evangelho a todas as criaturas (cf. Mc 16,15). A missão é o ato de ir, anunciar e espalhar o amor de Deus pela humanidade. É uma experiência de partilha e de encontro, pois o missionário anuncia o amor que experimentou de Deus e, ao mesmo tempo, é convidado a fazer um encontro com os demais, o que enriquece sua própria experiência de fé.
Jesus é quem dá autoridade a seus discípulos de ir e pregar o Evangelho a toda criatura. O conteúdo da missão não está no missionário em si, mas no mistério da Trindade Santa. Deus é missionário por excelência. É ele que anuncia seu amor e oferece a salvação a cada um de nós. Os agentes da missão são pessoas que experimentaram o amor de Deus, por isso, estão disponíveis e apaixonadas por sua proposta, a ponto de dedicarem-se à missão para que mais pessoas façam essa mesma experiência salvífica.
O Documento de Aparecida nos recorda que a missão nos chama à conversão, a um novo estilo de vida, que nos aproxima cada vez mais do jeito de ser de Jesus. A missão é o tempo favorável de reconhecimento da ação salvífica de Jesus, que nos convida a participar de sua vida e ressurreição. Somos criados à imagem e semelhança de Deus, e isso faz com que nosso horizonte de sentido se assemelhe cada vez mais ao sonho de Deus para a humanidade: ser santo como ele é santo.
Precisamos de uma Igreja que assuma sua identidade vocacional de ser missionária. Todo batizado é um missionário, mas não um missionário de braços cruzados e fora da realidade da Igreja e da sociedade. É necessário despertar nossa consciência vocacional de que somos todos missionários, comprometidos com a vida e com a fé, assim como o foram os primeiros cristãos. Nossa missão consiste em anunciar o Evangelho mediante nosso testemunho de vida e com o coração cheio da presença de Deus. Que Ele nos ajude a sermos fiéis a essa nobre e desafiante missão!
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