Ninguém nasce pronto. A vida e a maturidade afetiva, eclesial e, consequentemente, vocacional, vão sendo construídas aos poucos. As diferentes experiências vividas servem como estruturas basilares para o aperfeiçoamento.
:: O que acontece com os sacramentos que um padre celebrou e depois deixou o sacerdócio?
Todo vocacionado e formando para vida religiosa consagrada ou sacerdotal passa por crises; é bom que seja assim. Crise, que tem origem na palavra latina crisis, significa o momento de decisão e mudança; deriva do verbo grego krino (separar, julgar).
Na história de medicina, essa palavra era usada para o momento crítico e definitivo do paciente, tanto para a cura quanto para morte.
Na caminhada vocacional a crise, se torna evidente, mais por causa de suas consequências (dúvida, desânimo, medo, etc), do que por ela mesma.
É a grande oportunidade que o vocacionado tem para estabelecer critérios para a tomada de decisão e estabelecer novas metas.
É fundamental passar pela dor da crise para poder firmar e fundamentar as próprias convicções de forma assertiva e racional; ela provoca angústia, mas alarga o coração. A crise é o tempo de mudança, decisiva e difícil, mas de profundo amadurecimento vocacional, até a chegada da próxima crise.
Algumas atitudes, durante o processo vocacional e também como religiosos(as) consagrados(as) e na vida sacerdotal, podem intensificar sentimentos que impedem uma caminhada mais sólida e fiel.
Leia MaisComo posso saber se tenho vocação para o casamento?Existe idade para descobrir a vocação?Destaco, brevemente, dois:
Consagrado egoísta: Ninguém se torna religioso(a) ou sacerdote para viver em função própria.
É triste fazer exclusivamente aquilo que lhe agrada, tornar-se indiferente ao projeto da congregação que abraçou, perder o senso de vida fraterna, esquecer-se das causas do povo a que serve.
Quando se vive só para si, perde-se o sentimento de altruísmo, de ser para outro, próprio da vida religiosa e sacerdotal, e se cai na acomodação.
Consagrado workholic: No extremo oposto está a pessoa que só pensa no seu trabalho, nas suas atividades paroquiais, reuniões, celebrações, visitas, projetos, etc. Esquece de cultivar a vida de oração e fraternidade e se perde no fazer. O esgotamento físico e espiritual não tarda em aparecer (síndrome de burnout).
Num encontro com seminaristas e candidatos à vida religiosa consagrada, o Papa Francisco deixou uma recomendação para os momentos de crise:
““Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários. Rezem!”” Papa Francisco
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