Maria é Mãe de Deus. Essa verdade de fé, que nós católicos chamamos de dogma, sobre a maternidade divina de Maria foi a primeira a ser declarada. Foi proclamada solenemente no Concílio de Éfeso no ano 431. Como todo dogma, foi apenas a explicitação de algo que os cristãos já acreditavam desde a antiguidade. Uma das mais antigas orações marianas, do século III, já invocava a Maria, como Mãe de Deus (Theotokos) com as seguintes palavras:
“Sob teu amparo nos acolhemos Santa Mãe de Deus, não desprezes nossas súplicas nas necessidades, antes bem livra-nos sempre de todos os perigos, Oh Virgem gloriosa e bendita!”.
A partir do século IV o termo Theotokos já era de uso frequente no Oriente e no Ocidente.
No seguinte século, precisamente no ano 428, encontraremos um personagem que colocará em dúvida a crença de que Maria era verdadeiramente a Mãe de Deus: trata-se de Nestório, patriarca de Constantinopla.
Nestório acreditava que Maria era a mãe de Cristo (homem), mas não a mãe de Deus. Com essa afirmação ele também estaria negando a divindade de Cristo.
Essa confusão de doutrina fará com que a Santa Mãe Igreja dialogue com Nestório (São Cirilo de Alexandria foi um dos que dialogaram com ele), condenando o que havia de errado em suas teses, para enfim proclamar o dogma da maternidade divina de Maria no Concílio de Éfeso.
"...Maria não é somente a Mãe de Deus. Ela também é nossa Mãe".
São João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre Maria, comenta sobre o dogma: “Proclamando Maria ‘Mãe de Deus’, a Igreja quer portanto, afirmar que Ela é a ‘Mãe do Verbo encarnado, que é Deus’ (…) com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres [da Igreja] queriam evidenciar a sua fé na divindade de Cristo”.
Algumas passagens que foram usadas para definir o dogma são as seguintes: Lc, 1,35 e Gl 4,4.
Mas Maria não é somente a Mãe de Deus. Ela também é nossa Mãe. Uma das palavras de Jesus na Cruz torna claro a missão que Ele confia à sua Mãe:
“Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. (Jo 19, 26-27)” Nesse momento fica clara a missão de Santa Maria: ser nossa Mãe, buscar que todos nos encontremos com o seu Filho e que sejamos semelhantes a Ele.
A maternidade espiritual de Nossa Senhora fica evidente em diversos momentos da história da Igreja. No Cenáculo, Ela esteve presente para encorajar os discípulos que ainda estavam temerosos, e invocar a presença do Espírito Santo sobre eles em Pentecostes. (Ver At 1,14. 2,1-47).
Em Caná, percebemos como Ela cuida dos seus filhos, que como Mãe amorosa e cuidadosa percebe que naquela festa de casamento “já não têm vinho” (Jo 2,3) e intercede ao seu Filho para ajudá-los e assim realizar o seu primeiro milagre (transformar a água em vinho). Essa passagem nos aumenta a confiança na intercessão de Maria e nos faz lembrar daquela expressão popular: “pede à mãe que o filho atende”.
Mesmo depois de sua Assunção, Ela continua cuidando dos seus filhos. Basta lembrarmos das inúmeras aparições que Ela fez na história (Lourdes, Fátima, Guadalupe, dentre outras), onde destacamos uma muito querida por nós, devotos brasileiros: a de Nossa Senhora Aparecida.
Em 1717, sua imagem é encontrada pelos três pescadores e o primeiro milagre acontece. Esse seria o primeiro de muitos, que nós, os seus filhos amados presenciamos todos os dias, especialmente os que vêm ao Santuário, seja com sua presença, seja em união espiritual através dos meios de comunicação da Casa da Mãe.
Que a Nossa Senhora Aparecida, Mãe de Deus e nossa nos ajude a sermos cada dia mais semelhantes ao seu Filho e interceda por nós!
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