O calendário cristão do mês de novembro tem uma mística própria, uma forte espiritualidade. Ele canaliza nossas celebrações, reflexões e participações individuais e comunitárias. É a mística dada no artigo de fé professado no Credo: Creio na comunhão dos santos; creio na ressurreição da carne; creio na vida eterna. Aproximando-nos do final de mais um ano de vida, buscamos a comunhão total com os que creram, creem, seguiram e seguem a Cristo conosco. É a espiritualidade do fim!
Crer na comunhão dos santos é explicitar a realidade profunda daquilo que a Igreja é. O Catecismo católico nos ensina: “Uma vez que todos os fiéis formam um só corpo, o bem de uns é comunicado aos outros”. “Como a Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu (de sua cabeça-Cristo e recebe de seus membros – os fiéis) se tornam um FUNDO COMUM”.
Leia MaisCelebrar Todos os Santos é atualizar a radicalidade do nosso Batismo
A raiz do mistério da Igreja está nisto: nossa comunhão pela graça do Espírito Santo, dada a nós pelo Cristo ressuscitado. A graça de ser cidadãos do céu nos veio pelo Batismo nele. E por ela vai se consolidando na passagem pela cidade da terra esta nossa cidadania celeste.
O(A) cristão(ã) é cidadão(ã) de duas cidades: a do céu e a da terra.
Já carregamos as sementes da eternidade sendo peregrinos neste mundo a caminho do céu. Mas há um problema. Nossa cidade terrena é passagem, é experiência transitória. Por isso, está sujeita ao egoísmo, vaidade, ambição, soberba, luxúria, injustiça e corrupção. Santo Agostinho, lá em seu tempo (413-426) contrapôs a origem das duas cidades: a dos homens e a de Deus. “Dois amores fundaram duas cidades: o amor a si levado até ao desprezo de Deus, gerou a cidade terrena. O amor de Deus levado até ao desprezo a si, gerou a cidade celeste” (De Civitate Dei, XIV,28).
No Santuário da Mãe Aparecida faz-se a experiência dessas duas cidades. Nele, os peregrinos de passagem trazem os anseios da cidade terrena. E já partilham de certo modo as alegrias da cidade celeste. Todos os bens espirituais circulam entre nós: os frutos das boas obras, a caridade, a fé, a esperança, toda a santidade que temos graças aos méritos de Cristo. Ele se une conosco e entre nós por seu Espírito Santo. Ficamos enriquecidos com as bênçãos da salvação divina nos sacramentos que recebemos: batismo, confissão, comunhão e nas obras de evangelização.
O início da comunhão entre o Cristo-cabeça e nós, seus membros na Igreja, foi o seio virginal de Maria. Ela, a discípula remida pelo Filho de modo admirável e antes de nós, lembra-nos: somos parte do corpo glorioso do Senhor Jesus. Com ela somos a Igreja-comunhão-dos-santos. Com a ajuda de Maria o amor egoísta da cidade terrena não corromperá nosso coração.
Basílica Histórica de Aparecida completa 134 anos
Dia 24 de junho de 1888, Aparecida (SP) estava em festa. Neste dia, às 10h30, iniciava a solene celebração de inauguração da “Igreja de Monte Carmelo”
O que significa dizer que Jesus “desceu à mansão dos mortos”?
Veja explicação de Padre Evaldo César sobre o tema.
Por que rezar pelos falecidos?
Um dos motivos pelos quais a Igreja nos convida a rezar pelos falecidos é a certeza da ressureição. Saiba mais!
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.